Com as próprias mãos - Banco de redações


Justiça com as próprias mãos?

Enviada em: 11/03/2014

Status:

Corrigida
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Nossa história foi construída por mãos que detinham o poder, que trabalhavam na roça, que foram escravizadoras e escravizadas. Mãos de comerciantes, médicos, intelectuais. Mãos que escreveram leis, tratados, convocações e constituições. As mesmas mãos que assinavam a paz apertavam o gatilho. Quem um dia pode prever que os sistemas que criamos, viriam a falhar? Personagens históricos, como os cangaceiros, com um tom quase folclórico povoam a mente do povo injustiçado. Chegamos a um estado de pânico e perdemos a esperança. Nos noticiários, as mortes, os roubos e os sequestros não nos chocam mais. Estamos com as mãos amarradas.

Como agir diante dessa falta de justiça? Personagens históricos, como os cangaceiros, com um tom quase folclórico* deram sua resposta e até hoje povoam a mente do povo injustiçado. Lampião soube responder com terror a à pobreza do sertão. Na prática, quem pode, põe câmeras, contrata seguranças. Quem não pode, assiste silenciosamente os seus filhos sendo vitimados pelo arsenal artificial das drogas, da violência e da injustiça. Deste meio, o mais vulnerável, surgem os indignados, aqueles que utilizam suas mãos para fazer o que julgam ser justiça. Para eles, a Anistia Internacional impõe limites no “estado de direito”**. Ambos, ao ligarem a tv, assistem ao mesmo jornal que fala de uma sociedade de heróis e poetas mortos. Quem vive a barbárie diária, seja empresário ou catador de papelão, tem suas mãos atadas e os olhos vendados.

Este contra senso é o espelho do que temos compartilhado: valores individualistas, que selecionam, segundo critérios pessoais, a vida que deve ser preservada e a que deve ser descartada. O controle do que é certo ou errado perde-se na cultura da indiferença. A lei não importa mais. A polícia é dispensada. E nossas mãos? Só unidas, uma a uma, poderão fazer a diferença na história que será contada no futuro.

 

Comentários do corretor


* trecho repetitivo.

** Trecho confuso. A Anistia Internacional, na verdade, defende o Estado de Direito. Se houve tentativa de fazer alguma ironia no trecho, ela não foi bem sucedida. Elabore melhor suas ideias.

O texto foge do tipo de texto demandado. É uma reflexão, um artigo de opinião com traços poéticos, não uma dissertação. Além disso náo ficou claro que a proposta do tema é a ação de justiceiros. Atente-se ao que é pedido.

Continue exercitando sua escrita.

 


Competências avaliadas


Item Nota
Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. 1.0
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. 0.5
Adequação ao Gênero Textual Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. 0.5
Adequação à modalidade padrão da língua Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. 1.5
Coesão e Coerência Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. 1.0
NOTA FINAL: 4.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente