As agressões cometidas contra um jovem infrator de 16 anos, que foi preso em um poste no Rio de Janeiro e outros tantos casos semelhantes cometidos por grupos de milícias contra infratores e moradores de rua, colocaram em alerta a opinião de estudiosos e da população. O ato de fazer justiça com as próprias mãos vem dividindo ideias entre o repúdio e o louvor.
De uma forma constante, a mídia mostra a ocorrência de mais um caso de roubo ou assalto com violência, provocado por menores infratores, sendo que, na maioria das vezes, a polícia não consegue agir de maneira efetiva para conter os atos desses bandidos. Ademais, a lei mostra muitas lacunas, sendo considerada ineficiente, no qual, pois um menor de 18 anos que não pode ser condenado sob a lei, é submetido a uma medida socioeducativa e no fim é liberado. E tudo começa outra vez. Essa lógica faz com que os “justiceiros”, que por sua vez se intitulam como os policiais do bairro, possam infligir uma ordem onde os policiais supostamente não o fazem. Além disso, esses grupos argumentam que todos possuem o direito de legítima defesa, frisando o fato de que o policiamento é fraco, que os moradores estão à deriva da criminalidade e que é necessário combater a violência nas cidades.
Por outro lado, Atila Roque, diretor-executivo da Anistia Internacional, atribuiu considerou estas atitudes como absurdas, pois haveria a expansão da violência como forma de justiça. A resolução desse problema seria uma grande ilusão, onde os próprios “justiceiros” estariam se igualando aos bandidos, banalizando a vida. De acordo com estudiosos, a violência não é uma forma aceitável de resolver as mazelas sociais e estes atos violam os direitos humanos.
A visão da população é que a segurança pública não age de forma justa para prender os criminosos, onde e a incredibilidade gera esse tipo de atitude. A polícia não pode condenar sob a lei um criminoso de 16 anos, mas pode instaurar um inquérito para investigar os atos dos justiceiros, que são maiores de idade. As palavras da jornalista Rachel Shehezarade, foram aplaudidas por boa parte da população, que concordam com os atos de justiçamento e com a sociedade agindo em sua própria defesa.
Os episódios de justiçamento demonstram a insatisfação da sociedade com a omissão do Estado. A população não consegue acreditar nas leis e na segurança pública, pois estes atuam com impunidade sobre a criminalidade e a violência, mas isso não concede o direito de agir com as próprias mãos. Infelizmente, o temor da violência faz com que se tenha mais aversão, causando barbárie, no a qual não resolverá o problema de imediato, mas a população também clama por justiça.
Comentários do corretor
Bom texto! Aborda o tema proposto com o uso de argumentos coerentes com o ponto de vista defendido e faz bom uso dos elementos ilustrativos trazidos na coletânea. No entanto, atente-se à concordância no uso de pronomes relativos.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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