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O assunto relacionado aos grupos que vem fazendo "justiça com as próprias mãos" tem gerado muita repercussão. Estes justiceiros já não entram em ação apenas no "calor do momento", agora se organizam em grupos através das redes socias, tornando-se uma milícia paralela para combater a bandidagem.  

Primeiramente, é preciso compreender o atual cenário da segurança pública no Brasil. O sistema prisional já não é capaz de gerenciar tantos presos e acaba por contribuir com a formação de novos criminosos. A polícia trabalha sem os recursos adequados e bastante desacreditada pela população; e por mais que bandidos sejam mortos e encarcerados, o aumento da criminalidade é visível.

Nesse sentido, o que faz com que as pessoas almejem à a justiça a ponto de executá-lá elas mesmas? Estas recentes atitudes dos justiceiros do Rio de Janeiro, que incluem amarrar e agredir fisiocamente um suposto ladrão, são decorrentes de uma população exausta de esperar atitudes efetivas do poder público em relação a à criminalidade e violência alarmantes em que vive o país.

Cabe dizer que, ainda que a intenção desses justiceiros seja de fazer alguma espécie de "justiça", o que eles fazem é crime também. O Poder Judiciário e a aplicabilidade das leis podem não funcionar na velocidade e do modo que deveriam, mas existem com o objetivo de organizar a sociedade e de dar a punição devidamente mensurada àqueles que merecen marecem ser punidos.

Portanto, fazer "justiça com as próprias mãos" em nada contribui para a sociedade, para o trabalho da polícia e muito menos para a redução da violência. No contexto atual, apenas punir deixou de ser a resposta capaz de acabar com a violência(.)