O paradoxo da justiça com as próprias mãos - Banco de redações

Segundo Thomas Hobbes- na obra O Leviatã- o estado Estado é uma forma de controle para que a humanidade não viva em um caos. Não obstante, a atuação desse sistema nem sempre garante à população a devida segurança em relação, principalmente, ao crime. Nesse âmbito, apesar de ser improvável a extinção desse problema, é possível amenizar essa situação crítica, principalmente, em relação à ação dos justiceiros.

Em tal contexto, analisa-se a culpa atribuída aos criminosos, os quais, muitas vezes, sem escolhas, são obrigados a optar pelo mundo do tráfico ou do roubo. No entanto, a falta de oportunidades, as precárias condições sociais em que vivem e o próprio capitalismo, o qual incentiva determinado status, são fatores cujas pressões exercidas sobre o indivíduo colaboram para que seu maior esforço seja fugir da polícia e dos justiceiros. Desse modo, a situação do Brasil mostra-se vexatória, uma vez que a população necessita da utilização da força física para manter a ordem e o bem-estar social.

Nesse contexto, a segurança pública se torna fragilizada em decorrência da ação de milícias no qual são formadas por justiceiros que utilizam de métodos desumanos e ilícitos para manter a ordem. Nesse contexto, observa-se que as leis brasileiras, ou, até mesmo, os aplicadores dessas leis são, frequentemente, incoerentes, porque as leis são criadas por indivíduos que irão infringi-las. Paralelamente, o grande desencadeador da ação dos justiceiros é a deficiência da segurança e a má educação pública que favorece a criminalidade.

Logo, como forma de amenizar a situação provocada pela falta de segurança, propõe-se a ação conjunta entre a sociedade e o estado Estado para a manutenção do bem-estar social. Ademais, maiores planejamentos e investimentos na segurança pública, bem como, a criação de programas os quais visem alertar a população do mal que os justiceiros trazem a sociedade, são alternativas, no qual poderá garantir o respeito a dignidade e os valores humanos.