Antes que a barbárie tome conta - Banco de redações

Iniciou-se recentemente no Estado do Rio de Janeiro a, então, ação chamada “Justiça com suas mãos”. Casos vêm ocorrendo com mais frequência, e aqueles que realizam a justiça são pessoas da sociedade que não possuem o direito de um policial. Isso, porém, não é tão surpreendente quando analisamos a situação em que o Governo brasileiro encontra-se em diversos aspectos, sendo a segurança um deles.

No dia 31 de janeiro, um rapaz negro foi encontrado acorrentado em um poste, e os suspeitos presos eram brancos podendo comparar, então, com a relação dos senhores com seus escravos, logo no período colonial brasileiro, quando o homem europeu (também conhecido como Homem Branco) exercia um alto poder sobre os negros africanos, principalmente com chicotadas violentas.

Nos casos atuais, a população age em grupos contra um único indivíduo, normalmente em locais em que a segurança não está sendo reforçada e os casos de assaltos aumentaram gradativamente. Como forma de “aumentar a segurança” do local, os próprios moradores organizam grupos a fim de fazer a justiça que não estaria sendo realizada pela polícia local.

Com o acontecimento, agora mais frequente, desses casos, alguns especialistas afirmam que o povo brasileiro caminha para a barbárie, um caso em que não existe uma ordem através da lei, ou se existe, age de forma superior à lei. Isso se torna possível quando a forma de governo já se torna enfraquecida ou não atendendo as necessidades da sociedade.

De certa forma, essa ação foi herdada pelo povo e, se não houver medidas eficazes da parte do governo, não é improvável que essas ações populares continuem acontecendo. Nos locais alvos, para que parem os justiceiros, a segurança precisa ser reforçada pelo governo de forma que os assaltantes recebam a punição merecida através da Lei a fim de trazer novamente a ordem antes que a barbárie tome conta do Estado.