“V de vingança” e o “Justiceiro” são apenas alguns dos filmes que ganharam destaque mundial pela mesma característica: ambos apresentam personagens que fazem justiça com as próprias mãos. Se para a ficção tais práticas são vangloriadas, na realidade, no entanto, a aplicação dessa forma de “justiça” pela sociedade civil pode desencadear em etnocentrismo, um retrocesso, portanto, à idade média Idade Média.
É fato que existe atualmente uma descrença, por parte da população, nas instituições que deveriam conceder a verdadeira justiça. A corrupção, a má formação de polícias policiais e a incompetência do poder legislativo e judiciário são apenas alguns dos motivos que causam tal sentimento de insegurança e isolamento na sociedade: a prática da justiça por elas mesmas acabam sendo vistas como a melhor alternativa.
No entanto, é errôneo pensar dessa maneira uma vez que, ao agir por instinto, as pessoas praticam a sua justiça deixando para trás aspectos que só quem é especializado consegue enxergar. Assim, é difícil perceber que espancar um ladrão e amarra-lo nu, como acontecera no Rio de Janeiro semanas atrás, não diferencia em nada da barbárie cometida com negros no período da escravidão. É difícil para a mesma população entender que o “linchamento” de criminosos são atos covardes comuns na idade média Idade Média. Pessoas especializadas como legisladores e juízes, certamente, sabem disso e, portanto, têm maior capacidade de aprovar, justamente, a sentença de um cidadão.
Dessa forma, podemos afirmar que a justiça com as próprias mãos não pode continuar sendo produzida em plena sociedade pós-moderna. Para que isso ocorra é imprescindível que as instituições relacionadas à justiça façam mudanças com o intuito de atender melhor a à sociedade através, por exemplo, de melhorias na formação de policiais e juízes. Ademais, é fundamental que se ensine para a população, principalmente através da escola e da mídia, qual o papel da sociedade civil na justiça. Os filmes, por exemplo, ao invés de incitar a desordem deveriam ensinar que a justiça pelas pessoas se faz nas urnas, votando conscientemente nos seus representantes além de exigir deles melhorias. A partir de medidas simples como essas, poderemos manter o contrato social, onde cada um faz o seu papel dentro da sociedade estabelecendo assim a ordem e o progresso.
Comentários do corretor
Atenção paraa grafia correta das palavras, o uso de letras maiúsculas, a crase e a concordância de número (singular e plural).
O texto aborda o tema proposto com argumentos coerentes com o ponto de vista defendido.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |