O Brasil realmente abriu espaço para a voz do povo após as manifestações de 2013? A nova expressão de levante popular que o país está vivenciando é chamada de Rolezinho, literalmente um passeio por grandes shoppings, promovido através das redes sociais, por jovens funkeiros de periferias. Eis a questão, existe uma contradição exorbitante. De um lado, uma juventude que decidiu mostrar sua cultura e do outro, o gritante preconceito da classe consumidora e dos donos de centros comerciais frequentados pelo grupo.
Role rolé como é conhecido o agrupamento, obteve crescente popularização após a polêmica em torno da atitude de indivíduos optarem por convocarem as autoridades. A partir deste momento surgiu uma série de interpretações diferenciadas sobre a maneira como agem.
A visão dos jovens está em uma revolução na mente intolerante da população, isto é, o levante iniciou após a proibição do baile Funk no centro de São Paulo, quando entraram nas lojas cantando e dançando o gênero musical típico de comunidades. Posteriormente, teriam por objetivo o engajamento social, lutando contra o racismo e o preconceito social e cultural.
A classe consumidora, portadora dos patamares mais altos, não parece ter aberto espaço para a iniciativa popular, assim que os Rolezinhos vieram à tona, junto a eles estavam às autoridades convocadas pelo “medo” desses indivíduos, acentuando o julgo de que todo habitante de favela é ladrão ou mau caráter. Contudo, a única situação ocorrente foi à a repressão a alguns adolescentes, nada que comprometesse o grupo ou incentivasse a opinião do role rolé ser perigoso.
Sendo assim, o Brasil vivenciou e hodiernamente convive com pessoas que tem o objetivo de transformar, mesmo enfrentando a parcela populacional conservadora e dominante. Este é o caso do Rolezinho, grupo de jovens, de periferia, negros e funkeiros que decidiram mostrar a à sociedade sua expressão artística através da música e do estilo próprio, alem de eliminar as disparidades culturais, buscam a aceitação e não o menosprezo racial. Porém suas atitudes levam a ramificações de opiniões, alguns a favor e outros contra, entretanto, cabe a observação e a ação social* identificar o grupo como expressão de luta pela inclusão social ou apenas a desordem momentânea de adolescentes preocupados com sua música e fama.
Comentários do corretor
*Ação social em que sentido? Não ficou muito claro.
Com exceção do trecho acima destacado, seu texto ficou bom, com ideias bem elaboradas, críticas e que refletem bem acerca do tema proposto. Atenção apenas à grafia correta do texto e ao uso da crase.
Continue exercitando sua escrita!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |