Os dois lados da moeda - Banco de redações

            Com o advento da globalização, desde as Grandes Navegações, o mundo foi se conectando. À medida que se aproxima dos dias atuais, vê-se uma escala gradual da revolução tecnológica – e é aí que se encontra um dos principais meios de comunicação: a internet. A rede vem se tornando cada vez mais popular no mundo todo e isso não é diferente no Brasil.

            Nos últimos meses, a internet foi usada com um propósito nunca visto antes no território brasileiro – organização de eventos em escala nacional. Daí surgiram as manifestações, os protestos e, mais recentemente, os polêmicos e populares rolezinhos. O lado polêmico deste assunto é devido aos conflitos recentes em shopping centers de São Paulo: os shoppings onde esses atos foram realizados tiveram queda no faturamento.

            Apesar de populares – reúnem uma grande quantidade de jovens da periferia e qualquer um que queira participar –, eles causam receio em grande parte da população, o que a leva a desaprová-los. Inicialmente com o objetivo de passearem e divertirem-se, os jovens acabam exaltando-se quando a polícia é acionada e o conflito começa.

            Fica nítido, portanto, a luta entre os dois lados da moeda: por que um grupo grande de jovens da periferia não pode sair para celebrar? Onde estaria o ideal da Bandeira Nacional – “Ordem e Progresso” – quando a maior parcela da população é evitada? Infelizmente, os “rolezeiros” perdem seu espírito jovem e libertário e agregam o rótulo de vândalos e depredadores, querendo “causar”.

 O governo deve tomar medidas para integração desta grande parcela da população, seja com a abertura de centros de recreação, ou com a liberação de parques ou outros espaços públicos para os encontros. Até um acordo formal, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping continuará fechando as portas para esses grandes grupos.