Desde o período da colonização brasileira, a divergência, exposta na carta de Pero Vaz de Caminha, entre portugueses e índios era evidente. Mais tarde, nova discrepância surgiu (entre) brancos, livres e civilizados, e negros, escravos e excluídos. Evidência deste último foi o período da abolição, onde negros refugiaram-se nos lugares afastados dos centros urbanos, a favela. O problema é que ainda existe a posição do ser humano no centro e nas margens da sociedade. Fato demonstrado com os recentes “rolezinhos” ocorridos, onde a discriminação foi evidente da parte de algumas pessoas. A segregação social ou racial fere a Constituição Brasileira, fazendo com que haja exclusão entre pessoas e grupos.
A necessidade do ser humano de pertencimento é, em geral, muito forte. Os rolezinhos são compostos, em sua maior parte, por pessoas de mesmo nível social e étnico, desejando pertencer à sociedade de forma íntegra. Além disso, os jovens que participam do grupo afirmam que este não possui cunho agressivo ou de caráter semelhante.
A Constituição Brasileira garante o direito de frequentar espaços públicos de forma livre e pacífica. De fato, o rolezinho, nesse âmbito, adequa-se a esta lei. Frequentar parques, shoppings e outras áreas de lazer ou públicas, mesmo que por um número grande de pessoas, como nesse grupo, deveria ser permitido como a qualquer outro grupo, identificando sua cultura e modo de ser.
No período e sociedade que estamos é preciso atentar para preconceitos e descriminações. Além de não serem permitidos por lei, ainda fazem parte da negligência de alguns. O ensino à valorização das diferenças é necessário tanto nas famílias como nas escolas. Além da participação governamental em projetos culturais para prezá-los e levá-los aos diferentes níveis sociais. Enfim, os rolezinhos são o passo inicial para um corpo social mais igualitário. Afinal, de acordo com estudos genéticos, apenas 0,02% de nossos genes são diferentes. Onde está, então, a linha que separa tão fortemente as pessoas?
Comentários do corretor
Faltou contextualizar um pouco o que são os rolezinhos, como surgiram, o que dizem os participantes etc. Depois dessa contextualização inicial é que deveria vir toda a discussão feita no texto, que não deixa de ser pertinente, mas ficou um pouco "solta" diante da falta de explicação sobre o que são, de fato, os rolezinhos.
Atenção à concordância de número (singular e plural).
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |