Liberdade nas práticas culturais x Espaço privado - Banco de redações

        As lutas pelas práticas culturais não são um fenômeno novo em tempos modernos. Seu envolvimento esteve ligada ligado ao Período Escravocrata no Brasil. Negros e indígenas foram proibidos de praticarem hábitos culturais no meio ao qual foram inseridos. No entanto, sucessivas lutas os tornaram enraizados na identidade de um povo brasileiro.

        Embora enraizados, a negação relacionada à miscigenação e preconceito quanto ao nível de classe são as razões de tumultos e protestos em frente aos shoppings de algumas cidades de São Paulo. Os jovens de uma periferia, predominantemente negra, são os alvos de uma sociedade capitalista e consumista. Seguranças foram colocados na entrada de um shopping e baseados nos seus critérios decidiam quem entrava, ou seja, recusavam aqueles que não seriam bem vistos às elites. Os adolescentes são de uma periferia, mas estão na cidade frequentando lugares como qualquer outro cidadão. Portanto, as manifestações peculiares de seu meio, trazidos para o âmbito público ou privado - dentro dos limites - é um direito que cabe a eles.

          Apesar de o shopping ser um espaço privado, ele é aberto ao público sem direito à seletividade social e discriminação racial. É livre a comercialização, portanto, a livre iniciativa e empreendedorismo. Centros comerciais entraram com liminares para evitar que os atos culturais fossem realizados. Todavia, o poder judicial não atenderam atendeu a todos os casos. O simples fato de realizar reuniões não pode ser criminalizado. Se os jovens pertencentes a essas reuniões praticarem algum crime, o poder público possuem possui leis suficientes para puni-los.

           Logo, o que temos são leis visíveis a favor dos direitos humanos e que são desrespeitadas por parte da elite conservadora do nosso país. É preciso uma restauração nas leis que caminham para o regresso. E não permitir que a raíz da nossa identidade nacional seja cortada pela minoria.