Rolezinho: O momento dos jovens - Banco de redações

O Brasil, nos últimos meses, tem sido palco de várias manifestações populares; cita-se, por exemplo, as ocorridas em junho de 2013, as quais se deflagraram devido ao aumento das tarifas de transportes públicos, gasto exorbitante nos estádios da Copa do Mundo e etc. Porém, a que mais tem chamado a atenção da mídia e do governo é a intitulada “rolezinho”, que é o meio pelo qual os jovens (principalmente os da periferia) utilizam para se reunirem em certos locais, como os shoppings centers, para: paquerar, ouvir músicas, se divertirem e reivindicar contra as vedações impostas por seus governantes, como as que aconteceram nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro (projetos de lei almejando proibir os shows de bailes funk nessas nas ruas dessas metrópoles).

Tais jovens dizem ser vítimas de preconceitos (racial, social e outros) pelos vendedores dos shoppings, pelo governo e por pessoas mais abastadas, motivos esses que, aliados aos anteriormente comentados, os levam a realizar o “rolezinho”. Tal evento é repreendido de forma truculenta por policiais militares ou por seguranças, os quais além de não manterem a ordem e a paz no local colaboram para aumentar a insatisfação por parte deles.

Essas reuniões são marcadas pela internet, através de redes sociais, como o “Facebook”, “Twitter”, “Instagram” e etc., motivo pelo qual aderem em pouco tempo vários participantes. Como dito antes, o local preferido para esses encontros são os shoppings, fato este que preocupa os seus comerciantes e os leva a fecharem as portas de tais estabelecimentos, devido ao medo de possíveis arrastões. O “rolezinho” preocupa também os governantes, que veem nele uma provável causa para novas reivindicações, por exemplo, contra a realização da Copa no país.

Segundo a Constituição brasileira Brasileira é livre a expressão do pensamento e, também, assegurado o direito à reunião; porém de forma organizada e pacífica. Ou seja, atos como badernas, ofensas ou vandalismo são inaceitáveis e, como tal, deve-se puni-los, mas de forma proporcional e, se possível sem o uso da violência.

Uma solução para diminuir a sua ocorrência seria o governo reservar locais para esses encontros e promover, com o apoio de outros segmentos (públicos ou privados), a realização de shows, palestras ou eventos, de preferência de cunho cultural, visando não só ao lazer, à diversão, como também incentivar o aprendizado desses jovens.