Segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil é o sexto país no mundo onde mais ocorrem desastres climáticos e (,) entre as catástrofes, uma em cada três está vinculada à enchentes. Por definição, uma enchente é uma inundação que, na maioria dos casos, está associada ao excesso de chuvas. Todavia, será que os impactos trágicos que tanto atingem a população são frutos de somente (de) forças naturais?
Quando se busca a solução efetiva de um problema, é preciso primeiramente conhecer as suas causas e no caso das enchentes, não é diferente. Mais do que os fatores naturais, as causas antrópicas, como o desflorestamento, a poluição, o mau uso dos espaços urbanos e a impermeabilização do solo são uns dos principais vilões nessa história. Todos esses elementos juntos promovem os desastres mostrados na mídia, como a destruição de bens domésticos e públicos e até a perda de vidas. Indubitavelmente, a insuficiência de medidas satisfatórias tomadas pelo poder público (,) associada à falta de conscientização das pessoas torna a questão ainda mais problemática.
Segundo uma pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da USP, o prejuízo dos alagamentos em São Paulo, por exemplo, é de R$ 762 milhões ao ano. Isso só mostra que uma solução é urgente e, se comparada ao prejuízo, certamente rentável. O reflorestamento, a construção de sistemas de drenagem, a instalação de radares metereológicos, a criação de reservatórios domésticos e empresariais, a redução da poluição e a regulação técnica da expansão urbana são exemplos de medidas que (,) a curto e longo prazo (,) acarretariam na extinção do problema e, consequentemente, numa maior segurança para a população.
As enchentes não devem ser encaradas como simplesmente fenômenos naturais para os quais não há saída e providências devem ser tomadas não somente após tragédias como também antes, como uma forma de prevenção. A problemática é uma mera questão de comprometimento social e, sobretudo, político. Na busca por uma melhoria na qualidade de vida, tanto o cidadão comum como as forças públicas tem têm responsabilidade no combate desse problema e ambas as partes podem e devem tomar atitudes para amenizar e resolver o mesmo.
Comentários do corretor
Bom texto! Você explora bem o tema, com argumentos bem desenvolvidos e dados interessantes, que reforçam a persuasão textual. Atenção apenas para a concordância de número (singular e plural) e para a grafia correta das palavras.
Continue exercitando sua escrita, você está no caminho certo!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |