Os anos passam e as enchentes persistem. Elas levam consigo muitas vidas e deixam muitos feridos, pessoas desoladas, sem casas ou lugar para morar. Não é raro encontrar manchetes na mídia sobre suas arrasadoras consequências, assim como dados que perpetuam todos os anos, apesar do dito crescimento econômico do Brasil.
O Brasil, sendo um país tropical, possui índices pluviométricos altos e esses índices aumentam no verão, por conta da formação de massas de ar úmidas. A massa Polar – que é sempre fria – ao entrar em contato com a massa Tropical atlântica – que é úmida – provoca a chamada chuva de frente fria (ou frontal).
Essa chuva ocorre com uma frequência maior no verão, pelo fato de que a água evapora mais rápido do que no inverno – tendo, assim, um ar mais úmido – estimulando sua formação. As massas de ar e as nuvens carregadas deslocam-se para outros lugares – com a ação do vento –, de modo que a precipitação pode ocorrer fora da área de formação.
Os rios – naturais ou desviados – recebem uma quantidade de água maior do que podem comportar, então ele transborda, ocasionando a enchente. Essa grande quantidade de água não é suportada pelas cidades, em função do asfaltamento que inibe o acesso da água ao solo – e depois aos lençóis subterrâneos, onde será conduzida até o mar ou absorvida por plantas, por exemplo –, então ela fica retida na superfície das ruas.
Os bueiros, por sua vez, que deveriam servir para o escoamento das águas pluviais, sempre estão cumprindo a função indevida de lixeira, impedindo sua função real. Acaba-se, então, formando um cenário pior: as águas, quando encontram algum pedaço de terra descoberto, acabam se infiltrando em excesso, provocando os desmoronamentos e desastres consequentes.
Culpar o Governo governo não é a solução. Apesar de ele ser uma parte responsável do que ocorre, a parcela maior da culpa cai sobre a população. O que falta é consciência sobre atos simples: não jogar lixos em locais indevidos, porque obstruem a passagem da água, é um deles. Também cabe à população cobrar atitudes do Governo governo, como o plantio de árvores em locais corretos nos quais, se a inundação ocorrer, essas não sejam carregadas ou obstruam passagens; o aumento de áreas nas quais os solos fiquem expostos - como fazer corredores nas calçadas -; pois, assim, ele estará convicto que esta é uma questão primordial e que não deve ser retardada por outros assuntos.
Comentários do corretor
Bom texto! Bem escrito, argumentação coerente, clareza das ideias e bom domínio da norma padrão da Língua Portuguesa.
Parabéns! Continue exercitando sua escrita, você está no caminho certo!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |