A batalha contra a chuva - Banco de redações

Um ciclo de enchentes invadiu o país no final de 2013, deixando milhares de pessoas

desabrigadas, especialmente no Espírito Santo. O fenômeno, que ocorre em períodos de grande concentração de chuvas, atinge diversos estados Estados todos os anos e constitui uma das maiores preocupações do brasileiro.

Com mais de 90% de seu território situado numa região tropical, o Brasil é afetado por duas massas de ar quente e úmido – a Massa Equatorial Continental, que provém da Amazônia Ocidental, e a Massa Tropical Atlântica, que nasce próximo à Ilha de Açores, no Oceâno Atlântico – que promovem grande índice de chuvas, especialmente nos 17 Estados que compõem o litoral do país.

A chuva aumenta o volume dos rios, criando o que conhecemos como zonas de inundação, locais para onde a água desloca-se nos períodos de cheia. O problema é que essas zonas estão ocupadas por habitações irregulares, provenientes do inchaço urbano que acompanhou o êxodo rural desde a década de 50.

Caso houvesse maior atenção das autoridades quanto ao planejamento público das cidades, certamente não teríamos esse tipo de problema. A construção de mecanismos que redirecionem o excesso de água à a lugares propícios (através de tubulações, declividade adequada das pistas, dentre outros), além do posicionamento apropriado de moradias (longe de áreas de risco) contribuiriam para a redução e fatalidades causadas pelas chuvas.

Da mesma forma que alguns países preparam-se para enfrentar terremotos, o Brasil necessita da conscientização de que a prevenção é a melhor solução. As cidades e estados Estados que sofrem com o período de chuvas devem trabalhar de forma a garantir que tal fenômeno não se transforme em enchentes e, consequentemente, em tragédias.