Enchentes: acidentais ou recorrentes? - Banco de redações

O Brasil, como se sabe, é um país de proporções continentais e por estar localizado próximo à linha do Equador é também chamado de tropical. Por isso, não possui estações do ano bem definidas e quase alterna somente entre verão e inverno.

As enchentes tão comuns nos estados brasileiros, no entanto, não têm como única causa o fato do país ser topical. Na verdade, o problema das enchentes é a junção de medidas públicas ineficientes, falta de planejamento da cidade e do país em si, entre tantos outros. As metrópoles desenvolveram-se sob a cultura da impermeabilização e da canalização de seus cursos d’água, reduzindo a capacidade original das regiões em infiltrar e reter as águas de chuva. Como decorrência, volumes crescentemente maiores crescentes de água, em (períodos de) tempos cada vez menores, são escoados para drenagens naturais e construídas progressivamente, incapazes de lhes dar vazão. 

Se as cidades fossem projetadas ao invés de simplesmente serem um amontoado desorganizado de existir de construções, seria muito fácil controlar (o) fluxo de água das chuvas, rios e etc. (,) Facilitando também a execução de medidas preventivas. Entretanto, o governo acaba repetindo as mesmas ações: ampliação das calhas dos rios principais. Ainda que indispensáveis, são insuficientes frente ao propósito de se reduzir drasticamente a quantidade e a intensidade das enchentes na região. 

Para solucionar esse problema é necessário o perfeito diagnóstico e eliminação de suas causas. Simplesmente não agir, ou agir somente sobre as consequências, como vem sendo feito, além de não trazer solução alguma implica tragicamente no agravamento. Então o primordial é planejar e colocar regras para o crescimento urbano. Complementando com o aumento da capacidade de retenção de águas de chuva e instalação de reservatórios empresariais e domiciliares.