Enchentes: um problema social - Banco de redações

 Basta aproximar a temporada de chuvas no Brasil para se deparar com notícias de enchentes, alagamentos, deslizamentos de encostas e mortes causadas pelo excesso de chuvas em diversas regiões no do país. O problema das enchentes assola a população brasileira todos os anos, deixando muitos desabrigados e, infelizmente, pouco se tem feito para minimizar tal situação.

As causas das enchentes e alagamentos nas cidades brasileiras são as mais diversas possíveis. Acredita-se que a principal delas, com início na década de 1950 por causa do êxodo-rural, foi o crescimento desordenado dos centros urbanos, com o grande deslocamento de pessoas do campo para as cidades, sem qualquer planejamento urbanístico. De início, a população passou a ocupar áreas localizadas no planalto e litoral. Porém, pessoas mais carentes construíram suas residências em áreas consideradas de risco: nas encostas, nos morros e próximas de córregos (regiões essas que, naturalmente, sofrem inundações com as cheias dos rios).

 Outro fator crucial e que aumenta os alagamentos é o assoreamento dos rios. (O) Fenômeno causado pelo excessivo acúmulo de lixo e pela destruição da mata ciliar traz, como consequência, a redução da profundidade e da vazão dos rios, favorecendo, com isso, os transbordamentos.

Não existe uma forma de resolver em definitivo os sérios problemas causados pelo excesso de chuvas, mas é necessário buscar alternativas para sua prevenção. Um bom planejamento estratégico e algumas mudanças nos grandes centros urbanos podem minimizar os efeitos das enchentes como, por exemplo, preservar a limpeza das ruas, bueiros, tubulações e córregos. Evitar o assoreamento dos rios e reduzir as áreas impermeáveis- substituindo, nesse caso, ruas asfaltadas por paralelepípedos- facilitando a absorção de água.

Manter, nas margens dos rios, faixas cobertas por vegetação é uma excelente ideia para a penetração da água na terra. Solo não pavimentado absorve até 90% da água da chuva. Outra alternativa viável, principalmente para regiões muito populosas, é a construção de “piscinões” para estocar água e de obras de contenção nas áreas de deslizamentos.

Desse modo, fica claro que solucionar um problema dessa proporção não é tarefa fácil. O principal responsável é o Estado, a quem foi incumbido, pela própria Constituição Federal, de promover o bem estar social. No entanto, a colaboração da população é de extrema relevância na redução e na prevenção dos alagamentos nas áreas urbanas.