Democracia e representação - Banco de redações

Pesquisas apontam que cerca de 60% dos brasileiros não aprovam a eleição de líderes religiosos à (sem crase)* cargos políticos, enquanto, cerca de um quinto da bancada do Congresso é composta pelos mesmos, porém, proibir a manifestação de seus interesses seria um descumprimento aos ideais da democracia.**

O sistema democrático vigente no Brasil e em divisos (diversos) outros*** países deixa claro que todos têm direito de se manifestar, incluindo os religiosos. Com esse sistema, pode-se considerar praticamente impossível instalar-se um governo totalmente laico, já que é direito de todos, inclusive dos religiosos, manter sua representação política.

O interesse da representação política dos lides (líderes) religiosos surge a partir de discussões, em que estes têm suas posições, e assim como qualquer outro cidadão, eles também querem defend(ê)-las. Um dos exemplos mais clássicos é a clara negação desses líderes à proposta de legalização do aborto.

O maior problema surge a partir do momento em que existem diversas religiões, com diversos pontos de vistas e ideais, que nem sempre concordam entre si. Muitas vezes dentro da própria banca religiosa existem desacordos, o que torna mais difícil o aumento do potencial das suas petições, já que não apresentam um grupo unido.

Manter uma bancada religiosa pode trazer desacordo entre as religiões e um descontentamento da população que não concordam com a participação da religião na política, ao mesmo tempo que proibir a participação política de religiosos é contra a ética da democracia. A clara ambiguidade torna difícil a solução, o que se pode fazer é permitir a participação, a aos que contrariarem**** deve organizar para ter os seus representantes políticos. O que se conclui é que***** não se pode tirar o direito de expressar a opinião, mesmo que seja de um religioso em um estado laico, já que estes também são cidadãos.