A desintegração do Estado laico em pleno século XXI - Banco de redações

O Brasil é (,) por constituição (Constituição) e por opinião um Estado laico. Aqui, por anos tínhamos o catolicismo como religião oficial. Com o progresso separamos as instituições públicas da religião. Hoje vivemos em um país onde qualquer um pode escolher ser ou não religioso, e qual religião seguir. Entretanto(,) com o crescimento da Igreja Evangélica no Brasil, uma forte onda de religiosos entrou para as estruturas de organização do nosso país em prol de unir seus dogmas às leis. Afinal, ainda somos laicos?

Sabe-se que o livre debate para resolver questões por vezes polêmicas como a legalização das drogas é a melhor solução. Mas com o despontar de líderes religiosos nas bancadas do Congresso os parâmetros mudaram. Este tipo de discussão (,) que inclusive une religiosos de diferentes vertentes, torna-se não mais uma questão de direitos humanos e ética, que seria a raiz da discussão laica, alçando o patamar regido pelos princípios religiosos. As religiões presentes nos cargos públicos são as mais representativas, ou seja, as cristãs, portanto é uma visão religiosa excludente.

Questões do século XXI, tais como aborto, homossexualismo, drogas, vistas sob um enfoque já concebido e dito como irrevogável(,) compromete o acompanhamento vital da realidade atual com as leis escritas. Um país que apoia a diversidade religiosa, mas está permitindo a influência de algumas nos setores públicos, ainda é laico? É unanime a importância do caso (da) Comissão dos Direitos Humanos, para entender os efeitos dessa abordagem religiosa. A notória Comissão cujo presidente é um líder religioso, atua impedindo e discriminando, com bases em sua fé, que o Estado solucione questões importantes e que estenda certos direitos às minorias.

Este debate sempre gera polêmicas. Segundo o site Exame.com, 60% dos brasileiros não aprovam essa influência religiosa no estado laico. E é tangível os efeitos da mesma, uma vez que é preciso ser encontrados os caminhos corretos para tópicos importantes que atualmente estão sendo deixados de lado e impedidos de serem concretizados devido ao fato da solução jazer em um caminho moralmente inaceitável aos religiosos presentes no Congresso. A solução não é fácil, uma vez que todos tem (têm) o direito de construir nosso país caso se eleja. Mas o bom senso deve ser resgatado e a premissa de laicismo deve ser válida nas nossas instituições governamentais para que vigore a justiça e a liberdade.