Fim precoce - Banco de redações

Os assuntos relacionados à adultização infantil têm gerado polêmica principalmente entre os pais. Para compreender a problemática acerca desse assunto é preciso considerar os diversos fatores envolvidos nesse processo, que envolve crianças, adultos, a sociedade e a mídia atuando como influenciador(es) dessa sociedade.

Atualmente, as crianças estão deixando de viver as experiências típicas da infância para saborear cedo demais o mundo adulto. Salto alto, maquiagem, bijuterias e acessórios são desenvolvidos e fabricados especialmente para o público infantil, gerando um impulso consumista e dando às crianças a sensação de que já são adultas e que devem agir e serem tratadas como tal. Esse novo comportamento infantil leva também a (à) erotização precoce, não só causada por esse consumismo como também pela influência da mídia musical, que vende cada vez mais artistas e músicas promovendo a sexualidade e a sensualidade das crianças.

Toda essa pressão social feita pela mídia e também pelas crianças umas nas outras está acarretando um fim precoce da infância. O período da infância tem seus objetivos: dar liberdade ao indivíduo para construir suas características, sua personalidade, viver uma vida sem as responsabilidades genuinamente pertencentes aos adultos. É um momento no qual a criança desenvolve relações sociais e começa sua aprendizagem para viver em sociedade.

Além disso, crianças que não vivem sua infância com plenitude podem vir a ser adultos problemáticos, infantilizados; pois não puderam passar pelas fases de amadurecimento da forma correta. Por isso, a questão da adultização deve ser tratada como uma questão social e deve ser combatida, deve-se respeitar as fases da vida do individuo. É trabalho dos pais – e de todos que participam do núcleo familiar - ficar atento(s) às atividades dos filhos e preservar as suas infâncias.