Em 2013, Edward Snowden, ex- analista de inteligência americano, que trabalhava para a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), revelou ao mundo uma história “’bombástica”. Snowden entregou a jornalistas documentos que comprovam um grande esquema de espionagem feito pelo [pelos] EUA. Diversos países sofreram essa espionagem, interceptação de conversas telefônicas, e-mails, inclusive com o apoio e a ajuda de grandes empresas, como o Google, a Apple e o Facebook. No meio do tornado da revolução digital em que estamos vivendo nos últimos anos, será que não perdemos a mão sobre o que deve ser público ou o que deve ser privado?
Os EUA justificam a espionagem dizendo que trabalhavam em prol da segurança dos seus cidadãos, combatendo as práticas terroristas; o que, definitivamente [,] não justifica esses atos. Não se pode invadir a privacidade de uns em prol de outros, tudo tem limite. A grande problemática é que limite em questão de direitos é um conceito muito subjetivo, precisa ser discutido, delineado. Cada país tem sua constituição, mas com certeza é comum que cada país quer mandar no próprio nariz e cuidar dos seus cidadãos do modo que achar melhor. As atitudes de espionagem não só feriram a soberania nacional como subjugaram a capacidade do Brasil e dos demais países de cuidar da própria segurança. Apesar de não ter acontecido uma invasão física, arrisco dizer que a invasão da vida privada e da intimidade foi ainda pior e constrangedora do que se o fosse.
A Era digital em que vivemos trouxe uma dinâmica completamente diferente, e [,] como é de se esperar, não estamos preparados para lidar com esse ambiente totalmente diferente. Quando usamos a internet, deixamos milhões de informações sobre a nossa vida, nosso trabalho, nossa rotina, disponíveis [sem vírgula] e acessíveis à espionagem virtual. Muitas pessoas tornam públicas informações que sequer dizem respeito a elas.
As políticas de segurança virtual e privacidade virtual tem [têm] que ser revistas, pois não seguem a velocidade dos acontecimentos. Não queremos que outro Edward Snowden tenha que nos avisar que estamos todos num grande Big Brother.
Comentários do corretor
Seu texto abordou o tema proposto e fez considerações válidas. Contudo, sua análise limitou-se ao recente caso de espionagem nos EUA, devendo ter sido realizada uma abordagem mais ampla da questão de acordo com os pressupostos da coletânea. Procure mobilizar seu conhecimento de mundo, outras áreas do conhecimento e realize um amplo trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.).
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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