Espionagem: da necessidade ao excesso de poder - Banco de redações

Sob o pretexto de proteção antiterrorismo, os EUA desenvolviam secretamente um amplo trabalho de espionagem e controle sobre meios de comunicação. Coletavam, interceptavam dados do mundo inteiro, dos pequenos usuários aos chefes de estado [Estado], violando o direito a privacidade [direito à privacidade] e se aproveitando de informações confidenciais. O revelar destas ações americanas, levantou [sem vírgula] os dilemas da sociedade moderna que aderiu a ferramentas como a internet e deseja ter sua privacidade velada.

Este ano de 2013 ficará lembrado entre outros motivos pelo vazamento de dados provocados por um ex-colaborador da NSA(Agência de Segurança Nacional). Este ato revelou ao mundo o poder americano de espionagem e de estratégia. E sentenciou [estratégia, além de ter sentenciado] que a espionagem feita não visa apenas a [à] segurança, mas também vantagens econômicas e políticas [,] dentre outras coisas. Sabe-se da necessidade de prever e impedir atentados terroristas como o das torres gêmeas no inicio [início] do séc. XXI, entretanto isso não justifica o desrespeito ao livre usuário das redes e principalmente à soberania dos países.

As nações são livres para ter suas politicas [políticas] e estratégias para tomar decisões baseadas em suas realidades. Ou [realidades, ou] seja, o que diz respeito a um país deve, num [em um] caso onde a harmonia mundial não esteja comprometida, ser privado àquele país. Porém, países que não são alvos ou não são berço de aspirantes ao terrorismo, foram [sem vírgula] espionados “gratuitamente”, como foi revelado na famigerada espionagem do Brasil onde [em que] presidentes e assessores [,] incluindo importantes empresas tiveram dados coletados. Não há explicação válida para a espionagem aqui e em outros países, entretanto sabemos que o status quo do Brasil na esfera internacional é o de um país em ascensão. Aí se entende o porquê do investimento pesado do governo americano na NSA, pois [,] além da segurança, ela acessaria silenciosamente todos os redutos onde jazem informações relevantes.

Anos atrás, nós tínhamos privacidade. Agora, com a internet, redes sociais, mecanismos de rastreamento e coletas de informações [,] não. Mas o que queremos é poder escolher o que é público e pode ser divulgado e o que é privado e deve ser mantido confidencial. Existe interesse público em algumas informações, entretanto deve ser usado com inteligência para beneficiar a todos e principalmente sem prejudicar ninguém. Neste novo campo que se abre há a necessidade do desenvolvimento da ética por parte dos órgãos que dispõe [dispõem] do poder de obter estas [essas] informações. E aos países, como o Brasil, resta o já óbvio desenvolvimento de uma tecnologia nacional para barrar a espionagem internacional e assegurar a privacidade das decisões do Planalto, das empresas e dos usuários dessa imensa rede de comunicações.