A Revolução Industrial no século XVIII impulsionou os moradores do campo a migrarem para as cidades, em locais próximos a [à] indústria, por causa da longa distância entre a casa no meio rural e o local de trabalho. Desde então, a ideia de favelização foi sendo traçada, visto que eles se fixavam de forma desorganizada e de forma precária, com intervenção quase nula do Estado. Hoje, no século XXI, a realidade das favelas pelo mundo não é muito diferente.
O governo tende a priorizar a economia em detrimento do social. Isso é comprovado com o alerta constante que ele possui com a inflação ou com o mercado interno e externo que envolve o país e áreas como a saúde ou moradia para a população são colocados em segundo plano de prioridade. Como consequência, os moradores das favelas são as grandes vítimas dessa marginalização, visto que tais locais sofrem com uma precariedade em diversas funções públicas, como o saneamento básico, educação e segurança. Diante desse contexto, tal prioridade deve ser revista pelo Estado que deveria priorizar o bem-estar do seu povo.
Por causa disso, os jovens que vivem nesses lugares não encontram muitas perspectivas de vida para o futuro. Altas taxas de desistências nas escolas, índice elevado de gravidez antes da maioridade e um grande número de jovens no tráfico de drogas são ilustrações disso. Uma das principais causas desse fato está na raiz da humanidade, que é a desigualdade social, na qual ocorre uma concentração de renda nas mãos de poucos. Com isso, essa parcela da sociedade com pouco acesso a [à] informação acaba por, muitas vezes, escolher determinado caminho pela violência para a sua sobrevivência que pode lhe custar a própria vida.
Torna-se evidente, portanto, que a realidade das favelas não é positiva e, na maioria dos casos, oferece uma condição desumana para se viver. Para isso, uma maior presença do governo nas favelas seria um bom início para se mudar tal quadro, seja com a criação e investimento nas escolas, hospitais e em uma segurança pública de qualidade. Além disso, a inserção desses jovens em colégios particulares com bolsa de 100% dos estudos pagos pelos próprios empresários dessas escolas poderia funcionar como um estímulo ao ingresso deles na sociedade por meio da educação. Só assim, podemos reverter o abismo de séculos da humanidade e sonhar com uma revolução social.
Comentários do corretor
Seu texto desenvolveu-se de forma clara e precisa, bem como realizou boas colocações sobre a problemática do tema. Contudo, extrapole o recorte temático e o senso comum em relação à abordagem. Para isso, amplie seu nível de leitura para aprimorar sua percepção crítica dos fatos e realize um amplo trabalho com os recursos argumentativos (Citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.).
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Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 8.5 | |
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| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |