A situação caótica do nosso Sistema Único de Saúde ficou em evidência, depois de ser um dos principais alvos de reclamações em de junho desse ano, quando ocorreram manifestações por todo o país. A partir de então, o governo se viu obrigado a buscar novas soluções para esse antigo problema. A resolução dessa questão deve ir além de ações práticas como contratar mais médicos e investir em infraestrutura, talvez seja o momento de repensar sobre a formação desses profissionais.
A falta de médicos no interior do país é uma das mais alarmantes demandas. Em algumas regiões, os cidadãos são obrigados a viajar longas distâncias para conseguir atendimento, que dependendo da gravidade, só vão encontrar nas capitais. A maioria dos médicos formados não tem interesse em se afastar dos grandes centros urbanos e a principal causa está na falta de infraestrutura e tecnologia nas regiões mais afastadas. E aí entra também a questão dos médicos brasileiros terem uma formação um tanto “dependente” de equipamentos de alta tecnologia os auxiliando nos diagnósticos.
O governo tem dois caminhos que deve percorrer. É preciso sim, é claro, um maior investimento na infraestrutura dos postos e hospitais. Todos devem ter ao menos o mínimo de estrutura necessária para um atendimento digno à população. Condições menos precárias e salários mais atraentes, são [sem vírgula] uma maneira de levar esses profissionais para o interior do Brasil.
Outro fator a ser repensado, é a formação dos médicos brasileiros, que não é focada na atenção básica a [à] saúde. Muitos problemas de saúde, os mais comuns, são possíveis de diagnosticar sem a necessidade de meia dúzia de exames. No entanto, as últimas gerações de médicos estão perdendo essa capacidade, ficando cada vez mais dependentes de aparatos tecnológicos.
Pelo que foi exposto, podemos entender que são necessárias uma série de medidas conjuntas para buscar uma saúde pública de qualidade. Se o governo optar apenas por um caminho, provavelmente não irá alcançar bons resultados, visto que a falta de médicos, de infraestrutura e a formação profissional estão intimamente ligadas.
Comentários do corretor
Seu texto abordou o tema proposto e fez considerações muito pertinentes à questão. No entanto, lembre-se de que não basta afirmar, é preciso comprovar e fundamentar. Dessa forma, procure realizar um mais amplo trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.) para enriquecer seu projeto de texto e sustentar suas colocações.
Extrapole o âmbito do senso comum!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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