Pelo artigo 196 (Capítulo II, Seção II) da Constituição Federal, sabe-se que a saúde é um direito de todos e é dever do Estado garantir o acesso universal e igualitário a ações e serviços de qualidade. Entretanto, esse plano teórico não se aplica bem à realidade brasileira: há muita falta de médicos em diversas regiões, discrepâncias no atendimento (quando se compara os estados), entre outros problemas. Assim, o que fazer para universalizar uma saúde pública de boa qualidade para os cidadãos brasileiros?
Diante desse contexto, é preciso analisar, em um primeiro plano, que as dificuldades do Sistema único [Único] de Saúde (SUS) de criar um bom sistema são históricas e permanentes: a saúde no Brasil sempre foi utilizada de forma muito particular, para atender a interesses de pequenos grupos corporativos. Ao lado disso, que permanece ainda hoje, soma-se a falta de estrutura na maioria dos hospitais e a discrepância na distribuição dos médicos pelos estados, como, por exemplo, quando se compara o Distrito Federal (4,02 médicos/1000 habitantes) com o Amapá (menos de um médico/1000 habitantes). Tal percepção revela que estamos muito aquém de países com sistemas de saúde considerados de referência: na Inglaterra, por exemplo, todos os cidadãos têm acesso, com certa facilidade, a uma saúde de excelência, além do que esse país investe uma parcela do PIB na saúde muito superior à do Brasil.
Além disso, as consequências para o povo brasileiro são nítidas. Na Primeira República (República Velha), as reformas sanitárias e a instituição da Vacina [vacina] causaram amplo descontentamento à população. Na tendência contemporânea, entretanto, a população mostra descrédito de outras formas: os brasileiros recorrem cada vez mais a planos de saúde, que são, na verdade, paliativos a curto prazo [medidas paliativas]. Enquanto isso, hospitais públicos sem nenhuma estrutura, ausência de boas condições sanitárias, entre outros, permanecem presentes.
Diante disso, para que se tenha uma benéfica saúde pública, é essencial que, em primazia, melhorem-se as condições de trabalho, para que depois se possa contratar mais médicos a fim de diminuir as desigualdades e aumentar as chances de acesso. Também, [É necessário também] aumentar a parcela do PIB na saúde e investir em projetos inovadores de atendimento em parceria com os cursos de medicina das universidades brasileiras, por meio de campanhas, incentivos, trabalhos humanizados e pesquisas, fariam com que não tivéssemos uma saúde mercantil, em que só os ricos usufruem de bom acesso.
Comentários do corretor
Você trazer seu conhecimento de mundo para o texto, mobilizando argumentos plausíveis em prol da sua tese sobre a questão. No entanto, apesar de muito bem fundamentada, sua argumentação não aprofundou o tema proposto em si, mostrando os grandes problemas da saúde, por que eles existem de fato, enfim. Explore a diversidade de questões que o recorte temático favorece.
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9 |
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