A maioria dos hospitais públicos se encontra em péssimas condições e não suprem [supre] nem de longe a demanda da população. Além de estrutura, faltam médicos ou a melhor distribuição destes, já que [,] segundo a OMS [,] a taxa de médicos deve ser de pelo menos um para cada 1000 habitantes, entretanto, nas regiões norte e nordeste [Norte e Nordeste] do Brasil [,] este [esse] número está bem aquém do recomendado.
Dessa forma, o governo federal propôs a vinda de médicos estrangeiros para atuar nas cidades mais carentes. Primeiro cogitou-se trazer médicos de Cuba, no entanto, é uma ideia infeliz [,] considerando que a medicina da ilha é uma das mais atrasadas do mundo. Depois se falou em trazer profissionais oriundos da Espanha e de Portugal, em tese seriam bem mais preparados.
Modelo semelhante ao que o Brasil quer adotar já é seguido por países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e os resultados são bons. Porém, nesses países os hospitais e o sistema de saúde, em geral, são muito melhores que no Brasil. Por isso, antes de importar médicos do exterior [,] dever-se-ia dar mais atenção às precariedades hospitalares, melhorar o SUS e as condições de vida nas cidades carentes do interior e periferias das grandes cidades, atraindo, assim, a ida de médicos brasileiros para esses lugares.
Caso os médicos de fato migrarem para o país, o governo federal pretende isentá-los da realização do exame de revalidação do diploma, “O Revalida”. O conselho federal de medicina [Conselho Federal de Medicina], com toda razão, contesta a postura do governo, tendo em vista que na prova feita em 2011, apenas 12,7% dos estrangeiros conseguiram revalidar seus diplomas e, em 2012, apenas 8%. Outro fato importante, é [sem vírgula] que devem ser realizados somente procedimentos de baixa complexidade por estes [esses] médicos. Será que serviriam apenas para receitar medicamentos? Isto é um absurdo!
Portanto, trazer médicos pela metade não será solução para a melhora dos serviços de saúde. Ao contrário, devem ser completos e serem aprovados no Revalida. Mas, sobretudo, como disse o coordenador do curso de medicina da Unicamp: “medicina não se faz só com médicos”. Infelizmente, parece que o governo está longe de compreender isso.
Comentários do corretor
Seu texto abordou o tema proposto e apresentou colocações pertinentes ao tema. Contudo, cuidado com afirmações falaciosas, como a destacada em vermelho que afirma que a Medicina de Cuba está entre as mais atrasadas; muito pelo contrário, Cuba é reconhecida mundialmente na área médica. Além disso, lembre-se de propor medidas de intervenção que visem solucionar a problemática em questão.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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