Saúde no Brasil: Papeladas, Carimbos, Assinaturas e a Roubalheira de sempre. - Banco de redações

Pessoas ensanguentadas nos corredores. Médicos sem experiência nenhuma. Elefantes brancos ao lado de postos de saúde lotados. Décadas se passam e esses problemas ainda são comuns na maioria dos estabelecimentos médicos brasileiros. O Estado, sempre em nome da popularidade, busca por respostas as mais [pelas respostas mais] rápidas possíveis. Esquecendo de [possíveis, esquecendo-se de que] que a questão da saúde deve ser enfrentada com planejamento, transparência e, acima de tudo, sem improvisos.

No Brasil de hoje, agitado por protestos e estampado nas capas dos jornais do mundo todo, seus problemas sociais nunca foram levados tão a sério. Segundo o Ibope, 61% dos brasileiros estão descontentes com o atual sistema de saúde. E não é para menos, de acordo com a OMS, nosso decadente sistema está atrás do de países como Benin, Suriname e Paquistão. As adversidades vão desde a distribuição e fixação de profissionais até a falta de infraestrutura e dificuldades de financiamento do SUS. Eis que só agora, o [sem vírgula] comodismo da população deu lugar à insatisfação.

Em decorrência disso, foi apresentada a proposta de atrair médicos brasileiros e estrangeiros para regiões mais carentes, como periferias de grandes cidades e Regiões Norte e Nordeste. Mas, apenas [Mas apenas] 6% das mais de 13 mil vagas ociosas foram preenchidas. Tal fato transparece [reflete] a incapacidade do Estado em lidar com um problema tão complexo, que exige, acima de tudo, tempo e logística. Nos últimos anos, a Grã-Bretanha, por exemplo, intensificou a vinda de profissionais da Índia, Paquistão e África do Sul. Porém [,] deve-se ter em mente que lá, o [em que lá o] sistema de saúde é avançado e completo, fruto de um longo período de investimentos e estudos.

Outro ponto negativo que faz do atendimento médico brasileiro um dos mais lentos, diz [lentos diz] respeito a um problema crônico e histórico: a burocracia. Consoante o relatório International Business Report 2011, o Brasil é o terceiro país mais burocrático do mundo. É nele [,] também, que os prejuízos são maiores em decorrência do Estado cheio de regras desnecessárias. Na saúde, os obstáculos impostos vão desde a marcação de consultas e exames, acesso a medicamentos e cadeiras de rodas, até a realização de transplantes e cirurgias de alto risco. Dessa forma, é de total urgência que antes do [de o] Estado tomar qualquer conclusão, haja uma evolução nos pontos de vista, para que um único conceito não seja generalizado.

Deve-se, portanto, não só valorizar o profissional da saúde, com salários mais dignos. Mas também, ampliar [dignos, mas também ampliar os recursos em prol de um sistema público que possa sobressair-se sobre o privado. Através de uma reforma tributária que incida sobre a renda e não no consumo, fazendo com que a arrecadação torne-se mais justa. Além disso, é de total importância, não [sem vírgula] apenas pôr fim ao Estado burocrático que nos rege, mas também, que todos [sem vírgula] nós brasileiros tornemos [tornemo-nos] protagonistas de uma sociedade igualitária e desenvolvida.