Com o advento das Revoluções Industriais, associado à expansão do capitalismo e conseguinte aumento do consumo, a necessidade de fontes de energia elétrica teve um aumento significante. Analisando o contexto atual, percebe-se que o sistema carece cada vez mais de recursos energéticos, seja para o funcionamento de grandes máquinas ou para a movimentação automotiva.
Com 87% de sua matriz energética oriunda de hidroelétricas, o Brasil enfrenta autênticas acusações referentes aos impactos socioambientais causados por elas. Sabe-se que esta fonte de energia acarreta graves problemas, tais como mudança de paisagem, alterações socias, destruição de igarapés, mudança da qualidade da água e outros.
A verdade histórica, entretanto, nos faz [faz-nos] entender que não há como suprir esta demanda de forma 100% limpa, já que toda obra humana gera impactos. De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), desde 2002, o Brasil tem, anualmente, um acréscimo de 5% no consumo de energia elétrica. Dessa forma, faz-se atraente a busca por outras fontes de energia.
Quando analisados, todo o conjunto de recursos energéticos apresenta malfeitorias. A energia nuclear, muito cara, é extremamente perigosa; as termoelétricas liberam alto teor de gás poluente na atmosfera e as fontes eólica e solar são também caras e de baixo rendimento. A substituição do petróleo pelo álcool no abastecimento de automóveis é uma medida vantajosa, já que se trata de uma fonte renovável e a quantidade de dióxido de carbono liberada pelos carros será reabsorvida pelas plantas. Não obstante, o uso do etanol contribui para a degradação ambiental, haja vista as queimadas e o uso intensivo de fertilizantes.
O Brasil possui mais de cento e cinquenta e sete hidroelétricas em atividade, sendo que setenta delas têm mais de vinte anos de funcionamento. Perdemos 15% de toda energia elétrica produzida com falhas de transmissão e uso de peças obsoletas, que diminuem a captação de energia. Estudos revelam que, se somada, a quantidade de energia desperdiçada pela falta de manutenção supera a produção de uma usina hidroelétrica de grande porte.
Em última análise, percebe-se que o Brasil não deve ser considerado um país de energia limpa, uma vez que falta reação de autoridades na manutenção de usinas que já estão em vigor, para eventual desnecessidade de novas hidroelétricas. Além disso, incentivos governamentais para a utilização de energia mista -que diminuirá o consumo de fontes mais nocivas- e aplicação novas políticas de preservação ambiental. Afinal, o planeta precisa de água para chorar nossa incompetência.
Comentários do corretor
Seu texto abordou o tema proposto e fez considerações pertinentes. No entanto, faltou uma discussão mais ampla em torno do conceito de sustentabilidade em si. Realize uma leitura crítica e atenta da coletânea! Continue lendo e produzindo!
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
| NOTA FINAL: | 8 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |