A televisão é considerada uma das maiores invenções de todos os tempos. Não somente do ponto de vista tecnológico, mas cultural: uma possibilidade de expandir conhecimento e entretenimento. Faz parte do contexto da globalização aproximar pontos de vista, culturas, informações; tornar o mundo um só. Mas seríamos capazes de assistir a algo sem, necessariamente, o assimilarmos à nossa mente?
Assim como escolhemos o que vestimos, comemos e bebemos, é necessário que escolhamos o que assistimos. Não apenas telejornais, que falam diretamente à população, manipulam mentes. Uma simples novela, por exemplo, que teoricamente apresenta uma história fictícia, dita modas durante seu período. Porém, um conteúdo só é assimilado à nossa vida se o permitirmos.
Não é correto, entretanto, supor que devamos ignorar cegamente tudo a que assistimos. O discernimento tem de falar mais alto: há que se avaliar se há um interesse no que está sendo transmitido. Um conteúdo televisivo só é válido se imparcial. O problema se dá quando um programa, em teoria, não quer que fixemos ideia alguma – mas, indiretamente, o quer. É fácil notarmos interesse em meio a uma propaganda em programas de auditório. Difícil é notarmos interesse numa ideia que é sugerida, sem que se sugira, em um filme, por exemplo.
É uma árdua tarefa, tratando-se de uma população em que boa parte não possui escolaridade, avaliar o que se assiste. As pessoas veem televisão para se distrair, não para pensar se o que está sendo visto tem caráter sugestivo, ou se tem ou não utilidade. A esperança vem de que as redes de televisão procurem transmitir conteúdos com transparência e seriedade, para que, mesmo que a população assimile aquilo, não haja más consequências.
Temos de assistir a algo para ampliar nossos “horizontes” e, se gostarmos do que vemos e o quisermos repetir, que seja de forma consciente. Por que tomar como verdade algo que está sendo dito, sem uma avaliação prévia pessoal? E por que não tomar como verdade algo que está sendo dito, se faz total sentido? Se a televisão sugere ou impõe modos de vida, só depende do telespectador decidir.
Comentários do corretor
Seu texto fez uma análise pertinente da problemática imposta, porém melhor trabalhe a parte argumentativa de seu texto, realizando um mais amplo trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.).
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |