A renúncia do Papa - Banco de redações

               Num momento no qual a Igreja Católica vive cercada de escândalos, denúncias e questionamentos, uma novidade invade os corredores do Vaticano – a renúncia do Papa Bento XVI.  Desta forma, numa decisão considerada inesperada pela comunidade católica, o atual líder, Joseph Ratzinger, pede seu afastamento alegando problemas de saúde.                                                                                                                                                                        

              Depois de cerca de seis séculos uma nova renúncia volta à tona num dos maiores segmentos religiosos do mundo. No meio eclesiástico [,] chegar ao cargo de Dirigente Maior da Igreja e [é] , praticamente, uma dádiva divina, um feito de Deus ou mesmo um grande milagre, em suma é o posto máximo alcançável por alguém que se dedica por muitos anos à vocação da oração, da doação e da própria liberdade pelos trabalhos religiosos. Por isso, há de se exaltar a coragem do atual Pontífice com o pedido de renúncia, pois durante muitos anos acompanhamos o seu antecessor [,] o Papa João Paulo II, praticamente arrastar-se para cumprir sua extensa agenda [,] mesmo com as [a] sua saúde seriamente debilitada [,] foi até a morte para cumprir sua obrigação.

             Entretanto, alguns rumores cercam essa desistência com alegações do momento recente que vive a Igreja Católica com o surgimento em diversos países do mundo de escândalos nos quais envolvem pedofilia, homossexualismo e envolvimentos amorosos com mulheres ligadas às paróquias. Além disso, Bento XVI que, antes de ser Papa, foi, durante muitos anos, responsável pelos documentos secretos da Igreja e possui uma postura mais rígida, deu declarações contra os homofóbicos, principalmente quanto à união estável desses casais e a adoção de crianças por parte dos mesmos. [deles.]

              Assim, uma mescla de opiniões que defendem a saúde do mesmo [do Papa] e a insatisfação com o comportamento dos membros da Igreja devem ser os verdadeiros motivos para o seu afastamento. É notório que a saúde é um bom argumento para a sociedade atual, pois diversas correntes defendem que o líder deve ser mais jovem e estar gozando de plenas condições físicas para exercer a tarefa. Logo, a verdade só o próprio Bento XVI sabe, mas continua sendo louvável sua decisão, demonstrando que o poder não é tudo na vida de um homem, mesmo àquele mais temente a Deus.