Mensalão, caixa dois, dinheiro na bolsa, dinheiro na cueca, são inúmeros os escândalos que permeiam a política brasileira. Nesse contexto, forma-se um generalizado descrédito em nossos representantes, levando o cidadão a se questionar: vale apena votar, ou [votar ou] seria preferível anular o voto como forma de demonstrar sua descrença e indignação?
Ante a tantas denúncias de improbidade e corrupção, ganha força a corrente que acredita que o voto nulo poderia chamar atenção dos políticos e até mesmo invalidar o pleito. Esse pensamento vem se propagando nas mídias sociais e sites baseado na crença de que sendo nulos mais de 50% dos votos , o pleito estaria automaticamente anulado, sendo então convocadas novas eleições com outros candidatos. Esta interpretação é baseada no Código Eleitoral, porém diverge do prescrito na Constituição de 1988, em vigência, e que afirma; [afirma:] os votos a serem considerados são os votos válidos sem estipular porcentagem mínima. Assim, mesmo com a adesão de mais de metade do eleitorado, o máximo que se poderia conseguir seria postergar o resultado para uma nova eleição, com mais gastos astronômicos, e [astronômicos e] prejuízos na economia nacional.
Escolher um candidato é algo trabalhoso. È [É] preciso conhecer a vida pública do candidato, suas propostas, e (se houver) a sua ideologia. Votar em um candidato sem conhecê-lo, porque é bonito, ou pela sua eloquência, é pior que anular o voto. Votar é escolher, caso não se tenha dados suficientes para fazer uma escolha, existe a tecla “Branco”, antes se omitir, a [omitir a]votar errado.
Por outro lado [,] o povo brasileiro esta [está] aprendendo outras formas de expurgar a classe representante. A lei da ficha limpa, de iniciativa popular [,] é um exemplo. No legislativo encontram-se iniciativas que facilitem a tramitação e aprovação de leis de proposição popular. Alguns parlamentares disponibilizam, através de sites, projetos de lei que podem ser apoiados através de assinatura do eleitor.
Portanto, não é só no dia da eleição que devemos exercer a cidadania. Deve-se usar o voto consciente, racional e ideológico. E, após as eleições, acompanhar as ações dos escolhidos e se possível militar em causas que consideramos justas.
Comentários do corretor
Seu projeto de texto abordou o tema e fez considerações válidas em torno da questão. Todavia, não houve extrapolação do recorte temático nem um rico e consciente trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.) que levassem seu texto à excelência total. Continue lendo e produzindo!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 8 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |