Não votar não é a solução - Banco de redações

Mesmo após as lutas incessantes para a derrubada da ditadura militar e dos 27 anos do início da redemocratização brasileira, muitos ainda fogem ao mais primordial dos direitos (tido erroneamente como dever) cívicos reestabelecidos, o voto.
Ao se aproximar a época das eleições, também julgamos que se aproxima a época das ilusões e das falsas promessas. Acabamos por classificar todos os candidatos como hipócritas e destinados à corrupção. E é Nesse [nesse] emaranhado de propostas e preconceitos que muitos de nós cometemos o equívoco de optar pelo voto nulo.
Quando escolhemos por votar nulo, abdicamos de nossa democracia, de nosso papel como cidadão, além do que, afirmamos por conseguinte que não há candidatos dignos de voto (ou ao menos não que conheçamos), assim, deixamos claro nossa ignorância perante o ato de votar e de conhecer as propostas dos nossos possíveis representantes.
Justificar voto nulo com a desculpa de que não exista candidato decente para se votar, é [votar é] eufemismo, uma pífia sutileza para mascarar a falta de comprometimento do cidadão com o futuro de seu país e com o seu próprio.
Muitos países lutaram recentemente para alcançar a democracia, numa onda de protestos conhecida como primavera árabe, mas nós já lutamos por isso, muitos morreram para que nós pudéssemos estar onde estamos, como estamos, nós recuperamos nossa democracia, mas não a exercemos.
E quando um povo deixa de se preocupar com o futuro de sua nação, não há mais nação. Quando para de existir o consciente coletivo de comprometimento com o país, não há mais país. Por isso [,] não podemos fugir da responsabilidade de votar, pois cada voto é importante e decisivo.