O poder do povo - Banco de redações

O atual sistema de governo brasileiro baseia-se no presidencialismo. Este por sua vez tem como característica marcante a democracia, palavra de origem grega que diz: “poder do povo”. Em épocas eleitorais, os cidadãos devem exercer esse “poder” elegendo um representante para a liderança, mas há quem opte pelo voto nulo, dos quais a maioria alega um descontentamento com cenário político atual.
   Desde o século XVII, as idéias [ideias] de um governo mais pleno e organizado já existiam. John Locke defendia que os governos só existem para atender aos interesses do povo e que se este não atendesse, os cidadãos tinham direito de colocar outros líderes. E é com esse pensamento que muitos brasileiros escolhem o voto nulo. A maioria dos candidatos não atende as prioridades, contendo assim um desinteresse e desrespeito a [à] opinião pública, pois não prestam atenção ao pensamento do eleitor, e o mesmo  [este] sente-se inseguro de depositar um cargo em que há necessidade de ética e responsabilidade.
   Com isso, outras ideologias se fazem presentes. Segundo o sociólogo Edson Passetti: “Optar pelo voto nulo é saudável como protesto contra todo um sistema”, que afirma que o voto nulo não tira corruptos do poder, mas aponta a insatisfação. Destacando  que deve ser melhorada a forma da seleção e permanência dos governantes, terem leis mais severas, como nos casos de corrupção. O voto nulo é um pedido oculto de mudanças do povo indignado com descaso dos problemas presentes já na atual administração e que [,] mesmo assim, não há um candidato que inove em seus projetos.

  Portanto, anular um voto não é negar o exercício da cidadania, mas sim uma forma de mostrar o desejo por renovação e o pedido desesperado de alterações diante da situação atual. Pode ser impossível retirar os corruptos e antiéticos da liderança por esse meio, entretanto [,] é possível mobilizá-los e expor que o povo brasileiro não é ignorante, e que acredita numa nova era de progresso e dignidade.