A monetarização da felicidade - Banco de redações

A glorificação ao consumo na sociedade atual, na qual o anelo para ter o carro do ano e a roupa de marca é cada vez mais preconizado pela mídia, é apenas uma ilusão tênue de se sentir feliz. As pessoas compram umas às outras; o “Eu, etiqueta”, é o que impera hoje.Assim, a felicidade passou a ser exposta como um produto de mercado. 
   O consumo tornou-se um comportamento referência [referencial] de pessoa feliz.. As pessoas não conseguem mais se relacionar com o outro sem que o meio seja o consumo. Indo mais além, o Eco-consumismo tão falado atualmente, não consegue impedir a necessidade dos indivíduos de comprar. É como se nada pudesse ser pior do que não consumir.
  Do mesmo modo, é abusiva e enganosa a propaganda que os meios de comunicação veiculam do consumo, mostrando-o sempre como produtor de um ideal de bem-estar. Junto à mídia está o sistema vigente que parte da ideia, expressa por Benjamin Friedman, de que o crescimento econômico é necessário para manter a paz social. Desse modo, o dinheiro passou a ser o Führer das pessoas e a felicidade uma ação na bolsa de valores.
   Nessa perspectiva, a sociedade materializou a felicidade como objeto de valor e, por conseguinte [,] colocou o trabalho como meio de alcança-la [alcançá-la]. Assim, as pessoas trabalham para consumir.Talvez seja por isso que o trabalho passou a ser o pesadelo de nossa sociedade, dignificando apenas a insensatez humana do consumo demasiado.

   Destarte, é impossível alcançar a felicidade através do consumo exacerbado imperioso em nossa sociedade.Por outro lado, frente a essa frenesi corrida em busca de um vazio insaciável, a qual Nietzsche chamou de felicidade de rebanho, tem-se um consumo apenas necessário a [à] vida do homem. Um consumo que não o escravize e não o torne vendável. Mas enquanto esse espectro de consumo mais consciente não se torna concreto, a felicidade continua a [à]venda.