Assim como o primeiro movimento grevista de 1917, a greve das federais de 2012 tenta se fazer ouvir. Através da greve professores e técnicos administrativos [técnicos-administrativos] buscam na parada das atividades o dialogo [diálogo] com os representantes do governo, para efetivação dos direitos já garantidos pela constituição, mas distantes da realidade da educação brasileira: melhores salários, planos de carreira, melhores condições de trabalho.
O movimento grevista dos professores e técnicos tem sido encarado pela mídia e pela população em geral como um joguete, visto que o divulgado nos maiores canais televisivos e revistas são “os altos salários” dos docentes. Qual a necessidade de se fazer greve então? É dessa maneira que grande parte da população pensa, pensamento compartilhado por grande parte dos estudantes de graduação e extensão das federais.
A realidade que não tem sido mencionada e posta em manchetes é a de que a educação superior, assim como a educação básica, também está sucateada. Não são divulgadas as informações essenciais, como os acordos feitos em 2011 e até hoje não cumpridos, as péssimas salas de aula, laboratórios escassos e sem infraestrutura que permitam um desenvolvimento intelectual dos estudantes, gerando agora um movimento muito mais forte e que dá demonstrações de força dia a dia, nos seus mais de dois meses de paralisação.
Apontar na greve de nossos educadores um jogo manipulador ou mesma a busca por salários milionários é no mínimo ilusão, loucura de pessoas sem o mínimo de leitura da realidade do que passa essa classe tão menosprezada e excluída dos direitos de condições dignas de trabalho e valorização social.
O instrumento mais válido para fazer cumprir os direitos a que todos os trabalhadores possuem é o da greve. Parar também é demonstração do quanto a não formação de profissionais capacitados gera atraso na economia e desenvolvimento de nosso país, formação esta que só é possível através de uma educação de qualidade com profissionais satisfeitos e bem valorizados.
Comentários do corretor
Seu projeto de texto atendeu à proposta, fez boas considerações em torno da problemática do tema proposto e se desenvolveu de forma clara. No entanto, não houve extrapolação do recorte temático para levar seu texto à excelência. Dessa forma, procure realizar um rico e consciente trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, comparações, contraposições, fatos, dados, exemplos, retrospectivas históricas etc.) e leia sempre!
Sucesso!
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 8.5 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |