A ilógica tenacidade dos responsáveis pela greve - Banco de redações

O “inverno dos docentes” paralisou quase que completamente o ensino superior, desgastando o calendário dos estudantes nas universidades de todo o Brasil. O Estado com suas míseras propostas nas reuniões para acabar com a greve e a rejeição das ofertas pelos sindicatos dos professores alijam os universitários e os deixam a mercê [à mercê] dessa luta entre interesses.

A intransigência do governo em não “gastar dinheiro” com a educação superior, corroeu [superior correu] as universidades e jogou as responsabilidades para os professores. Estes reivindicaram a ter melhores salários ocasionando a greve com prejuízos, principalmente, para os estudantes.

Não se podem comparar as lutas realizadas por trabalhadores – na Revolução Industrial do século XXVIII – e mais recentemente dos estudantes do Chile e do Quebec, pois esses tiveram uma participação da sociedade em prol de melhores condições de estudo e trabalho. Ademais, não há uma proposta clara, dos sindicatos, para além de um aumento salarial dos educadores.

Há um consenso, porém, em torna da ideia de que os professores devem receber melhores salários, mas a greve não é solução para nada. Os alunos sofrem com a suspensão das aulas. Na pior situação estão aqueles que estudam e moram em outras cidades. Estes estão sem aula, não sabem quando elas recomeçam e alguns não têm como custear tão situação.

Desse modo, atitudes mais condescendentes de ambos os lados, docentes e Estado, poderiam cessar essa greve e viabilizar- com um acordo - uma melhoria de salários e das condições de trabalho e de estudos dos professores e alunos nas universidades brasileiras.