Em Roma, as principais aquisições da plebe foram obtidas por meio de greves gerais. Entre elas, destaca-se o “plebiscito”, que representa um importante instrumento da democracia ainda nos dias de hoje. Pelos movimentos grevistas também, os [também os] operários do século XVIII obtiveram melhores salários e condições de trabalho e, recentemente, os caminhoneiros adquiriram – após apenas três dias de paralisação – o direito de descanso de trinta minutos a cada quatro horas trabalhadas e outros benefícios. Dessa forma, pergunta-se: porque [por que] a greve dos mestres e doutores desse país já dura mais de dois meses e não há previsão de acabar?
Nas grandes cidades Romanas, os plebeus realizavam todo o tipo serviço – desde a produção de artigos de luxo até a construção de grandes palácios – além de pagar pesados impostos para manter o ócio do clero e da nobreza. Portanto, uma greve dessa classe poria fim, em poucos dias, a estrutura social romana. Assim como, no século XVIII, estaria entregue ao fracasso a ordem capitalista caso os operários não voltassem às fábricas. E no Brasil de hoje, em pouco tempo, seria perdido o mercado internacional se a soja não chegasse aos portos. Já a estagnação do ensino superior não oferece consequências imediatas.
Nesse enredo, observa-se que a greve é uma medida ineficaz de reivindicação por melhorias na educação. A realidade demonstra que os alunos são mais prejudicados do que o governo, responsável pela situação degradante dos professores. É importante ressaltar que não se objetiva cassar o direito dessa classe trabalhadora, tampouco enfraquecer o histórico movimento grevista, e sim tornar a luta pela melhoria do ensino vitoriosa.
A princípio, é preciso vencer o sectarismo presente no sindicato dos professores [professores,]uma vez que a condição dos docentes do ensino de base é, em muito, inferior à situação dos revoltosos mestres e doutores. Além disso, a população deve vencer a inércia e participar dessa mudança, já que as reivindicações por melhores condições de saúde, salários e qualidade de vida estariam supridas se a educação prosperasse. Em ultima instância, vale acreditar no Estado e exigir que assuma uma postura coerente com o regime democrático e dirija suas as ações em benefício do povo.
Comentários do corretor
Você soube mobilizar bons argumentos para validar sua tese sobre a problemática imposta pelo tema. No entanto, a solução apresentada em sua conclusão, já que a greve não é uma forma válida de reivindicações, não é safisfatória. Será que apenas esperar do governo resolveria o problema? Mas, já não o fazemos? Dessa forma, procure trazer a uma solução efetiva para o que você propõe e defende, para assim tornar sua tese irrefutável.
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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