“Liberdade, igualdade, fraternidade”. Esses foram os ideais que guiaram a França na sua Revolução contra o Antigo regime, e [sem vírgula] que agora nos guiam na busca de uma sociedade justa. A cada vez maior integração das minorias na coletividade é um dos índices de nosso esforço para se alcançar essa meta. Entretanto, ainda há momentos em que retrocedemos. Recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a reserva de cotas raciais e sociais nas universidades do Estado. Tal medida acaba somente por reafirmar a ideia de classificação entre raças.
Um dos pontos que revelam essa consequência são os métodos [é o método] de escolha dos candidatos que serão favorecidos pelo sistema. Quem pleiteia uma vaga ou é julgado por uma banca, através de critérios objetivos e subjetivos, ou tem [tem de] de se auto-declarar como pertencente a um dos grupos favorecidos, como os negros ou indígenas. Ambas as formas de seleção acabam por classificar o indivíduo, favorecendo a separação racial.
Além de ter um procedimento controverso, as cotas raciais e sociais não cumprem a sua função. Para amenizar as diferenças sociais é necessário promover a integração das classes sociais menos favorecidas, o que não acontece. Basta observar o caso dos Estados Unidos, que implementaram a política de reserva de vagas nos anos 60 e 70. Muito embora tivesse pretensão positiva, a ação não foi suficiente para impedir o crescimento da faixa mais pobre da classe negra em 30% nas décadas de 70 e 80. Nota-se, portanto, que as cotas raciais não atingiram seu objetivo.
Dessa forma, a meta de promover inclusão social não foi nem será atingida pelas cotas, pois essas não resolvem os problemas causadores da distinção entre indivíduos, como a pobreza, a deficiência do Ensino e a falta de condições básicas de vida. Pelo contrário, ao ser apontada como solução [vírgula] substitui políticas que resolveriam esses entraves, promovendo, na verdade, a manutenção do abismo social entre as etnias de nosso país. Assim sendo, o sistema de reserva de vagas mantém as ideias raciais.
Torna-se evidente, portanto, que uma política de cotas raciais e sociais não resolve o problema das disparidades étnicas, mas agrava-as e estimula a distinção por raças. Podemos verdadeiramente promover a inclusão social em nosso país ao estimular melhor distribuição de renda, reformar nosso sistema de ensino e combater a pobreza.
Comentários do corretor
Suas colocações foram pertinentes e retrataram bem a problemática imposta pelo tema. Contudo, chamo sua atenção apenas para a clareza e objetividade de sua produção. Evite delongas e períodos longos, seja objetivo e preciso.
Continue lendo e produzindo!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |