Uma lei que exija cotas raciais em todas as universidades públicas federais está para ser aprovada por Dilma Rousseff (presidenta do Brasil). Essa medida a ser aprovada pretende corrigir injustiças feitas no passado, como o holocausto e o trabalho escravo dos africanos nas colônias dos mais poderosos, os “brancos”.
Cotas raciais não são justas, porque nem todo negro é descendente de africano e de baixa renda financeira, então como corrigir injustiças do passado com incoerência no presente? O fato é que a cor da pele não necessariamente tem relação com a ascendência da pessoa. É [São] os casos em que o fenótipo – a aparência externa – discorda do genótipo, a composição do DNA.
Desse modo, em 2007, o geneticista Sérgio Pena, da UFMG, coordenou um estudo que traçou a ancestralidade de algumas celebridades, negras brasileiras. A pesquisa confirmou ascendência africana de alguns, como a cantora Sandra de Sá (com 96% de ascendência subsaariana), e também trouxe algumas surpresas, como o sambista Neguinho da Beija-Flor, que tem 67,1% de ascendência europeia. Já a ginasta Daiane dos Santos tinha 39,7% de ancestralidade africana, 40,7% europeia e 19,6% ameríndia.
O percentual de negros no ensino superior é metade do de brancos, mas deve se levar em conta que apenas 6,3% da população brasileira se declarou negra. Não é ético com os próprios negros os discriminar e oferecer cotas a eles, porque na verdade todos são iguais por dentro, o que muda é apenas a cor da pele.
É paradoxal a lei que visa dar cotas aos negros, pois se deseja igualar os direitos dos negros com o dos brancos, dando privilégios aos negros para entrarem nas universidades públicas, sendo que a cor não influencia no QI de inteligência, na vontade de estudar, dedicação e mérito pelas suas conquistas. Cotas devem existir, mas apenas para os pobres, pois estes sim não possuem as mesmas oportunidades que os estudantes de classe média alta.
Comentários do corretor
Seu texto é bastante informativo e fez colocações muito pertinentes em torno da problemática imposta pelo tema. Faltou apenas um mais efetivo trabalho com os recursos argumentativos ( citação, ironia, comparações, contraposições, fatos, dados, exemplos, retrospectivas históricas etc.) para enriquecer sua produção e validar sua tese. Extrapole o recorte temático!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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