O que está por trás do sistema de cotas - Banco de redações

Em nosso país, o sistema de cotas é a [o] “apartheid” do século XXI. O acirramento das desigualdades. A abertura para males mais agravantes no sistema educacional brasileiro. A vitrine, onde aparecerá o preconceito esmagador e arrasador, da tão privilegiada classe que pode pagar altas mensalidades escolares para seus filhos.
Separar vagas para uma determinada fatia de estudantes, não [sem vírgula] solucionará a problemática da falta de estrutura das universidades brasileiras. A mesma oportunidade e reparação deveriam contemplar todos os concluintes do segundo grau. Países como França, Suécia e Alemanha, com alto nível de desenvolvimento, os alunos saem do nível médio e partem para o acesso direto ao ensino superior.
A insatisfação com o sistema de cotas já é fortemente percebida por conta das reclamações dos candidatos às vagas normais. A incitação será inevitável, pois muitos dos vestibulandos perdem as chances de passarem no concurso, mesmo com notas mais altas, em detrimento das taxas dos cotistas.
A idealização do projeto de cotas abrirá lacuna para uma segregação, não só racial [vírgula] como também social. Haja vista, o fato de os negros e afrodescendentes terem a remuneração mais baixa. Fator determinante para um nível econômico desfavorável. Por isso, alunos de poder aquisitivo menor não estudam em escolas que possam concorrer de forma igualitária com os alunos de colégios particulares.

Os cotistas viverão sobre grande pressão. Muitos olhares críticos estarão voltados para eles. Duvidarão de suas capacidades e de seus conhecimentos. Testarão sempre suas inteligências e o poder de alcançarem seus objetivos. Enfim, a berlinda fará parte do seu dia a dia. Todos estes fatores gerarão conceitos pré-estabelecidos e doentios. Estes, se não focarem em seus ideais, passarão por grandes sofrimentos ao perceberem os descontentamentos dos seus colegas em não aceitarem o processo de reparação instituído pelo sistema de cotas.
Legítimo seriam escolas de qualidade para todos. A propósito, o investimento iniciaria nos anos iniciais do ensino fundamental. Assim, a concorrência se tornaria justa. O mérito, como sempre foi, contaria como a arma principal para o acesso ao ensino superior. Os profissionais ao saírem para enfrentarem o mercado de trabalho, teriam as mesmas chances de desenvolverem suas habilidades, participarem de seleções e concursos de forma igualitária.