A inconstitucionalidade das cotas raciais - Banco de redações

Historicamente, os integrantes das classes menos favorecidas ocupam funções subalternas no mercado de trabalho e sobretudo mal remuneradas, pois sua parca [1] educação formal não lhes permitem galgar posições mais sofisticadas nas instituições em que trabalham. No entanto, o STF aprovou a lei de cotas favorecendo os afrodescendentes em detrimento do resto da população brasileira. Entretanto, a solução para melhorar a situação social dos menos abastados está no investimento na educação.

O que devemos considerar é o fato de as pessoas pobres não terem acesso a uma boa educação, logo encontrarão bastantes dificuldades quando disputarem uma vaga em uma universidade pública, pois estarão numa tremenda desvantagem em relação aos estudantes provenientes de famílias abastadas. Não importa se esses estudantes são brancos, pretos, indígenas ou negros, desde que tenham recursos para financiar seus estudos, eles conseguirão uma vaga no curso que quiserem. No outro extremo, temos os estudantes desprovidos de dinheiro que, obviamente, não conseguem uma vaga numa faculdade pública porque não podem financiar sua educação, sendo obrigados a estudar nas escolas públicas brasileiras que estão entre as piores do mundo. O problema, portanto, não está na cor da pele, tampouco em características de cunho étnico-racial, não é uma questão de raça, mas sim de pobreza.

Sendo assim, a lei de cotas raciais que reserva vagas para negros em universidades públicas, é [sem vírgula] uma injustiça para com a sociedade brasileira. Nenhum brasileiro deve ser responsabilizado pela condição social das classes menos favorecidas, tampouco somos culpados pela escravidão à qual os negros foram submetidos. Não podemos pagar uma dívida que não é nossa. Mas, já que é para pagar, então, devemos cobrar dos verdadeiros devedores: os europeus, foram eles que escravizaram os africanos, não foram os brancos pobres brasileiros nem a classe média que o fez. Medidas paliativas não resolverão nada, apenas protelam e camuflam os verdadeiros problemas. Somente com educação de qualidade disponível para todos, teremos igualdade de oportunidade na disputa por uma vaga no ensino superior público.

Dados os fatos expostos, observamos que a aplicação do modelo de cotas no Brasil poderá gerar discriminações, assim como beneficiar um grupo social em prejuízo de outros, utilizando critérios absolutamente injustos e principalmente inconstitucionais.