Segundas intenções - Banco de redações

O Brasil foi o último país da América Latina a abolir a escravidão.Devido às injustiças cometidas no passado,os administradores públicos tentam beneficiar os grupos vitimados pela história através de medidas como cotas raciais em universidades públicas.
Nos Estados Unidos,uma política parecida foi adotada.Porém,a discriminação nesse país atingiu patamares muito mais elevados do que no Brasil.No sul dos EUA,por exemplo,surgiu,em 1866,uma organização terrorista contra negros: o Ku Klux Klan.Os locais públicos,as escolas e até mesmo os banheiros eram separados para brancos e "pessoas de cor".Isso perdurou até 1960.
Além disso,em 1978,o governo norte-americano constatou que universidades e empresas foram lesadas às custas de uma parcela mínima de negros que melhoraram sua situação econômica.Assim,as cotas como medidas afirmativas nesse país foram banidas.
Também há a diferença de que o povo brasileiro é todo "misturado",uma verdadeira salada de frutas de ascendências.A tradução disso está num estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais: 60% dos brancos brasileiros têm alguma ascendência indígena ou africana.Ainda de acordo com cientistas de São Paulo,há negros sem marcas genéticas africanas. O povo norte-americano,por sua vez, durante anos teve o casamento entre negros e brancos proibido.
Há evidências contra outro argumento dos defensores de cotas raciais: o de que brancos são maioria nas universidades.De acordo com a Associação Nacional de Dirigentes das Associações Federais de Ensino superior,em 2005, os 5,9% de negros da população brasileira foram os mesmos 5,9% de negros das universidades públicas.Já segundo o economista Néri,da Fundação Getúlio Vargas,o crescimento de negros nas universidades públicas foi de 55,1% ,ao passo que o de brancos foi de 10,4% e o de pardos,14,9%.
Sendo assim, é reforçada a ideia de que o Brasil só copia as piores características dos norte-americanos.É assim com o lixo cultural que são as músicas e livros industrializados;a alienação em massa provocada pelos programas ruins da televisão;a poluição visual das propagandas;o modelo consumista;a comida cheia de gordura trans;os estereótipos de beleza que transformam mulheres em "cabides de roupa";os filmes "vazios",apelativos e violentos hollywoodianos,e, mais recentemente,as cotas.
Por outro lado,o governo não tenta copiar a qualidade do ensino público básico,nem tampouco do ensino superior de países desenvolvidos.Seria essa uma tentativa de estupidificação da massa para deixá-la muda?Por que será que os jovens brasileiros se mobilizam a favor da legalização da maconha - renunciando voluntariamente da única liberdade verdadeira que possuem,que é a de pensar -quando um absurdo constitucional está na iminência de ser aprovado?