Investimento social e o fim das cotas - Banco de redações

O sistema de cotas, já implantado em outros países, muito antes do Brasil, se destina [destina-se]  a reparação de danos históricos, como no caso dos Estados Unidos à população negra. A responsabilidade histórica é um entre vários fatores que corroboram para essa tomada, mas faz grande estardalhaço por não contemplar todos os porquês e não oferecer mudanças efetivas.

É sabido por todos que a população negra, em várias partes do globo [globo,] sofreu e continua a sofrer grande preconceito, que se estende para além da cor da pele, mas também para a educação, a desigualdade de renda e a estabilidade, visto que a maioria da população negra vive em áreas marginalizadas, insalubres, com alto índice de violência e criminalidade.

Ao analisar os fatores de risco para as comunidades negras, vemos como deve ser difícil conciliar educação com o meio em que se vive, e como conseguir educação de qualidade nessas circunstâncias se torna um feito incrível.

A ampliação das cotas por si só não vai acabar com as desigualdades entre brancos e negros, mas de certa forma, por possibilitar maior acesso a [à] educação superior, pode sim amenizar as desigualdades sociais das raças. Porém, o problema da desigualdade continuará a existir, já que apenas um terço das vagas é oferecido por universidades públicas, ficando o restante a cargo de instituições particulares.

É necessário então que os governantes olhem a questão não como um reparo histórico, mas pela ótica da realidade presente, onde [em que] grupos que conhecidamente mais fragilizados não possuem a mínima estrutura para o seu desenvolvimento. Falta o básico para a comunidade negra e pobre, de comida, a luz [de comida à luz] e água.

Portanto, investir maciçamente nas áreas pobres do Brasil, respeitando suas populações e colaborando para o mínimo de estrutura é o que pode garantir que no futuro não se necessite de cotas, e [cotas e] somente o desempenho e esforço sejam valores de conquista nas universidades do país.