A inviabilidade das ações afirmativas - Banco de redações

Há um consenso em torno da ideia de que a educação deve ser tratada como uma prioridade por nossos governantes. Entretanto, a decisão do STF dando legitimidade ás [às] cotas raciais, contribui [raciais contribui] para a inviabilidade de uma educação de qualidade, em detrimento de uma ação corretiva que parte do pressuposto que uns são, naturalmente, melhores que outros.

Um dos principais argumentos da implantação das ações afirmativas é uma dívida histórica que o pais têm [tem] com os negros e índios. Em contrapartida, as cotas tem [têm] prejudicado o ingresso de estudantes na universidade, que não tem [têm] culpa e nem existiam nos séculos passados. Além de que uma aproximação que visa reverter ás [as] injustiças ligadas à redistribuição, pode terminar criando injustiças em termos de reconhecimento, como a criação de “raças” e sua exclusão.

Nessa perspectiva, se as cotas são feitas por conta de uma dívida causada pela exploração e pela precária educação, por que então não investir na educação? Mas o governo parece ter outros planos com a implantação dessas ações. Primeiro, o Brasil não gasta um centavo com as cotas, apenas tira o direito de um (ricos) e passa para o outro (pobres e negros). Segundo, o Estado pretende esconder a deficiência da educação brasileira. E finalmente, beneficia-se com essa política criando uma imagem de governo populista.

Daí a importância da participação da população brasileira, pressionando o governo a ir contra a simplificação dos problemas econômicos e sociais que atinge principalmente os setores mais frágeis da nossa sociedade. Ademais, não precisamos de ações corretivas como as ações afirmativas, mas de realizações transformadoras que viabilizem uma educação igualitária e de qualidade.