RIO + 20: Maquiagem Ambiental. - Banco de redações

Nas últimas décadas, o Brasil vem se destacando como potência emergente, pois tem conseguido números expressivos em diversos ramos [vírgula] principalmente no que tange ao aumento de suas exportações e ao desenvolvimento de aspectos sociais. Desta forma, esse momento de crescimento tem permitido ao País sediar inúmeros eventos internacionais, exemplificado este ano pelo Rio + 20, que vai tentar complementar a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro na questão ambiental. Mas [vírgula] será que o país tem uma política estruturada para proteção do Meio Ambiente?

A questão ambiental no cenário internacional tem sido motivo de destaque, principalmente pela preocupação de proteger a camada de ozônio, que tem sido prejudicada com o lançamento de toneladas de monóxido de carbono, emitidos principalmente pelos motores combustíveis, queima de carvão mineral e, também, pelas queimadas nas florestas. Com a criação dos códigos [Créditos] de carbono, isto é, a indenização pela preservação das florestas e matas, em determinadas áreas do planeta, alguns países tem [têm] conseguido manter seus patamares de lançamentos no ar atmosférico, custeando a proteção de outras regiões, o que tem surtido efeito benéfico para o planeta, pois segundo os cientistas [vírgula] o buraco na camada de ozônio teve um pequeno recuo de tamanho nos últimos anos.

No cenário nacional, mesmo com a votação de um novo Código Florestal pelos parlamentares brasileiros [vírgula] percebe-se que a questão da proteção das nossas áreas verdes continua deficiente, pois a presença de empresários da madeira, dentre os políticos responsáveis pela aprovação do mesmo [pela sua aprovação], fez com que os interesses comerciais prevalecessem em detrimento às questões ambientais.

Além disso, outro fator preocupante é o da água doce, de percentual reduzido no mundo. De acordo com estudos da OMS [vírgula]alguns habitantes vivem com menos de um litro por dia. Em algumas regiões do planeta [vírgula] a disputa por nascentes de água potável tem sido motivo de guerras, principalmente entre israelenses e palestinos. Já no Brasil, percebemos que a abundância de recursos hídricos, principalmente na região Amazônica, faz com que não seja definida uma política de proteção à água, facilmente percebido pelo descaso com que as indústrias continuam poluindo lagos, rios e mares, como o exemplo da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro, rio Tietê em São Paulo, além da forma descabida como tem sido realizada a obra de transposição do rio São Francisco, que prejudicará diversos municípios e beneficiará outros ligados aos interesses comerciais [vírgula] como o protecionismo de empresários do agronegócio.

Sendo assim, as mínimas ações brasileiras são projetadas no exterior como grandes medidas. Entretanto, na prática não tem funcionado direito, o Brasil tem passado por uma enorme “Maquiagem”, pois objetivamente não tem se [se tem] avançado nesses setores, quando se percebe o aumento do desmatamento ou quando um cidadão de uma região metropolitana não tem acesso à água e ao saneamento básico. Logo, é percebível que só nos tornaremos um País desenvolvido quando não prevalecerem os interesses de uma classe (empresarial) em detrimento do restante da população, resolvível facilmente com políticas socioambientais corretas.