A contradição sustentável - Banco de redações

As discussões ambientais estão, desde 1972, buscando uma saída para conciliar desenvolvimento e sustentabilidade. A conferência de Estocolmo foi a primeira a propor um modelo de preservação. Presente em 1992  [vírgula]no Brasil, a discussão sobre meio ambiente retorna esse ano e encontra um país com práticas ambientais contraditórias.

Vale ressaltar que aquele país criador do lema “desenvolvimento sustentável” não parece estar engajado nessa causa. Na prática, o Brasil, com uma fraca legislação ambiental, caracterizada pela impunidade aos desmatadores, vem perdendo o equilíbrio e priorizando o setor econômico em detrimento do ambiental. Um exemplo desse descaso é o projeto do novo código florestal, onde os ruralistas são privilegiados, podendo desmatar áreas antes protegidas, causando danos irreversíveis ao ecossistema.

É bom lembrar das práticas de monocultura presente em vasta escala no território brasileiro. Os biocombustíveis que chegaram para expandir nossas fontes energéticas e   [vírgula] consequentemente reduzir o índice de poluição, acabaram produzindo efeitos indesejáveis. A plantação de cana-de-açúcar para a produção de combustíveis é um exemplo disso, vem absorvendo terras que poderiam servir para o cultivo de alimentos e direcionando, majoritariamente, para o mercado externo.

Diante disso, fica evidente que o Brasil não tem respaldo para conduzir uma conferência ambiental. Um país que não consegue propor, internamente, uma política sustentável, será hipócrita em sugerir para o mundo uma resolução para a problemática do meio ambiente.