Desenvolvimento sustentável é uma utopia? - Banco de redações

As inúmeras conferências já realizadas pela ONU sobre o meio ambiente apontam para um grande problema, que parece não ter solução. Conciliar o progresso econômico, sem prejudicar o meio ambiente [vírgula] é uma marca dessas conferências, que deveriam estabelecer parâmetros que realmente sejam cumpridos, alcançando, assim, essa sustentabilidade. O Brasil sediará [vírgula] em Junho de 2012 [vírgula] a “Rio +20”; no entanto, o que esperar dessa conferência: soluções para o meio ambiente ou mais “farçada” ambiental?

É bem verdade que as promessas que são feitas nessas conferências possuem certa duplicidade. No caso do Brasil, por exemplo, que expõe a todos a construção de hidrelétricas, o uso de biocombustíveis, a construção de Angra 3...como sendo verdadeiras metas de um desenvolvimento sustentável. Do outro lado, porém, essas propostas não são “tão verdes” assim: há o grande alagamento da área e desequilíbrio da fauna e flora, por exemplo, para a construção de hidrelétricas. Isso mostra que ainda estamos longe de uma solução realmente efetiva.

Além disso, a preocupação com o ambiente foi despertado [despertada] tardiamente na consciência humana. Passamos pela Eco-92, que estabeleceu a Agenda 21(que estabelecia a redução do consumo), pela COP-15 e, recentemente, no fim de 2011, pela COP-17(em Durban, na África do Sul), onde se discutiu o Protocolo de Kyoto, assinado em 1990 e que expira em 2012, que previa a redução das emissões de gases do efeito estufa. No entanto, nada disso surtiu efeito. É necessário que se aprovem na Rio +20 propostas efetivas e que sejam cumpridas, a fim de contribuir com a progressão das vidas presentes e vindouras em nosso planeta.

O que sempre é posto em xeque nessas reuniões é o desenvolvimento socioeconômico, que, para as nações ricas e em desenvolvimento, parece prevalecer sobre o ambiental. Elas não querem abrir mão dos danos ambientais causados pelo grande e demasiado progresso econômico “poluidor do meio ambiente”. Mas é possível, sim, alcançar o desenvolvimento sem prejudicar o planeta. Esperemos que na Rio +20 possam se efetivar soluções e que não haja mais tanta hipocrisia ambiental.

Assim sendo, é fundamental que na conferência desse ano se discutam propostas que sejam aceitas e efetivadas. Tantas delas passaram-se, “tentando obscurecer uma solução para o meio ambiente”. Conforme Marina Silva, eleita uma das pessoas que podem salvar o planeta, “Só haverá uma solução sustentável para os problemas econômicos e sociais quando os danos ambientais forem resolvidos”. Portanto, esperamos que “o espírito” de Chico Mendes possa se sobrepor aos estilhaços da Revolução Industrial, quebrando as barreiras para um planeta sustentável e digno de se viver.