A última flor do Lácio - Banco de redações

Já muito tem-se notado que o Brasil é um país cheio de diversidades culturais e sociais. Isso se deve pelo fato de variadas nacionalidades terem exercido suas influências no território brasileiro, dentre elas podem ser citadas a alemã, italiana, francesa, portuguesa, e, claro, a africana e indígena, entre inúmeras outras. Algumas dessas nacionalidades tiveram mais destaques em determinadas regiões, como, por exemplo, a africana na Bahia e a alemã no Rio Grande do Sul, o que é possível perceber-se até os dias atuais, através da sua forte atuação cultural.

Em meio a tanta diversidade entre regiões, a linguagem falada não poderia ser diferente; certas localidades apresentam influência mais forte de determinadas origens do que em outras. É importante destacar também que a Língua Portuguesa é falada em outros países como Portugal, Moçambique e Timor-Leste, apresentando ainda maior diversidade. Vários acordos ortográficos foram realizados na tentativa de homogeneizar a escrita desses países, apenas a escrita, não a fala.

Importantes posicionamentos em relação à Língua Portuguesa e as formas em que ela é falada estão presentes, primeiramente, no poema Língua Portuguesa, do poeta parnasiano Olavo Bilac, em que ele caracteriza essa linguagem de forma amável e com certa contraditoriedade, definindo-a como inculta e bela. Já no poema Pronominais, do modernista Oswald de Andrade, é mais intensamente retratada a diferença da fala tradicional do povo brasileiro e as normas cultas da gramática, com isso é possível perceber com clareza a defesa que o poeta faz em relação à linguagem coloquial, mais dinâmica e espontânea, e que mesmo não seguindo-se as regras gramaticais é de fácil e melhor entendimento.

Sabendo-se que, de acordo com a estilística gramatical, a Língua Portuguesa pode ser dividida em informal e formal, sendo esta subdividida em coloquial e em gramática normativa, e aquela em subdivisões como variação regional; pode-se concluir que os dois modos de falar, informal ou formal, são devidamente aceitáveis. Assim como o Brasil é cheio de belezas por conta de suas diversidades culturais, também é cheio de belezas por conta de suas diversidades linguísticas. Da mesma forma como não pode-se homogeneizar o modo de vivência de um país tão amplo e diferenciado, não pode-se homogeneizar sua língua; e, assim, o certo e o errado são apenas questões de opinião de cada um.