Seria correto afirmar que as pessoas que não obedecem as [às] regras da língua portuguesa estão falando incorretamente? Como podemos julgar essas pessoas de ignorantes da língua padrão se nós mesmo [mesmos] não a conhecemos? Avaliar nosso modo de pensar é essencial para não nos tornarmos preconceituosos linguísticos.
Cotidianamente [vírgula] nem reparamos que falamos errado, mas em contra partida [contrapartida] reparamos quando alguém próximo comete um erro segundo a língua padrão e a julgamos de ignorante por não obedecê-la naquele momento. É irrelevante “corrigir” aquela pessoa que acabara de cometer um erro, pois para ela não ocorrera erro nenhum e que é normal as pessoas falarem daquela forma, mas nós insistimos em dizer que é errado porque conhecemos a língua portuguesa e que não está de acordo com ela. Começa a partir desse momento o dilema do “Certo” ou do “Errado”.
O certo é dizer “mesmo” [vírgula] mas tem pessoas que falam “mermo”, não podemos dizer que essas pessoas não sabem falar o português, pois se utilizaram essa palavra é porque a conhece e consecutivamente o seu significado também, ou então falam dessa maneira por conta da região em que vivem que acaba ocasionando no modo de falar. O mesmo acontece com a palavra “melhor” que em certas regiões as pessoas falam “mió”, é desnecessário corrigir essas pessoas.
Há algumas palavras e expressões que usamos e que não existem na língua portuguesa, mas as reconhecemos e as falamos no cotidiano e não nos damos ao trabalho de saber se é assim que se fala ou não, queremos saber se compreendemos e nos comunicamos com as outras pessoas, e se é certo ou errado não nos interessa, o importante é entender. Nós temos o hábito de julgar as outras pessoas pelo fato delas falarem incorretamente ou de forma indiferente algumas palavras e expressões.
Não há uma forma correta de falar, porque nem todos brasileiros são dos mesmos lugares. A região em que o indivíduo vive irá influenciá-lo diretamente na forma de falar. Cabe a cada um de nós a compreensão e o respeito no momento de julgar alguém quando se fala, pois aquela pessoa que você julgou dizendo que fala “errado”, talvez não teve a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos como você teve. Vamos começar a refletir sobre nossas atitudes e ter mais cuidado quando for corrigir alguém, pois você pode se dar muito mal.
Comentários do corretor
Seu projeto de texto abordou a problemática do tema. No entanto, sua argumentação está muito vinculada ao senso comum e não foi o suficiente para estabelecer uma rica discussão. Dessa forma, realize um melhor trabalho com os recursos argumentativos ( citação, ironia, comparações, contraposições, fatos, dados, exemplos, retrospectivas históricas) para dar força a sua linha argumentativa e enriquecer sua produção. Leia e produza sempre!
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |