Comunicação é dinamismo - Banco de redações

Num país que é rico em tantas coisas como fauna, flora, gastronomia [gastronomia] , folclore e miscigenação, querer determinar para uma nação imensa como o Brasil, um padrão linguístico único, como digno de aceitação social é uma afronta à cultura brasileira e aos recursos que a língua oferece. É ter preconceito contra a própria história [vírgula] já que o brasileiro possui descendência de várias outras nações.
Muitos estudiosos da língua como Marcos Bagno defendem o uso coloquial da língua como correto, uma vez que toda manifestação linguística visa a [à] interação humana.

Ainda assim, há relatos na história que no passado certas pronúncias e escritas eram corretas, por exemplo [vírgula] a troca da letra R por L. Diante disso, pode-se concordar com alguns linguísticos [linguistas] que concluem ser a língua um sistema de sons e significados que se articulam para permitir a interação humana.

E estes têm razão ao afirmar isso, uma vez que cada região brasileira vive um contexto cultural diferente. Por exemplo, no interior de alguns estados brasileiros as pessoas têm hábitos e costumes diferentes das pessoas do meio urbano, e por isso usam pronúncias e um vocabulário mais adequado à sua realidade. Essas pessoas tentam se comunicar de forma que possam fazer-se compreender e serem compreendidas, levando em consideração seus costumes, tradições, heranças, etc.

Da mesma forma [vírgula] as pessoas do meio urbano possuem vocabulário e expressões diferentes do meio rural, ou seja, também procuram da melhor forma fazer-se compreender e serem compreendidas, e para isso, nem sempre utilizam a gramática ao pé da letra. Até porque, se procedessem deste modo, certamente seriam pouco compreendidas. Talvez nem conseguissem fazer com que alguém prestasse atenção ao que estivessem falando.

O ato da comunicação é algo dinâmico e criativo, logo não é justo tratar a língua como algo engessado, pois, o que seria das poesias, as músicas, as piadas, as conversas no fim da tarde nas pracinhas, etc.

Sendo assim, não há certo nem errado na comunicação, o importante é que seja dada a oportunidade à[a] todo cidadão brasileiro de conhecer as regras gramaticais do idioma, para que este tenha a possibilidade de utilizar a forma mais adequada na hora de escrever um texto ou de se comunicar. Neste caso [vírgula] o ensino nas escolas deve ser menos preconceituoso e mais dinâmico, deve-se ensinar o cidadão a valorizar a sua língua por meio do conhecimento da história que a compõe, que lhe deu origem.