Vários ou apenas um: quantos são os padrões de nossa língua? - Banco de redações

Em um país multicultural, [sem vírgula] como o nosso,fica difícil ter apenas um único padrão linguístico com aceitação social de todos.Várias são as situações que pedem diferentes tipos de linguagem.Também,se levarmos em consideração aquelas pessoas que não têm a oportunidade de frequentar uma escola,veremos que estas não irão desenvolver esse padrão lingüístico e,por isso,pode haver discriminação com quem foge desse padrão.

O principal objetivo da língua é possibilitar a interação humana. Partindo desse princípio, qualquer tipo de linguagem pode ser aceita,desde que ela cumpra seu papel de comunicadora.Como poderíamos entender a mensagem do poeta,se este apenas utiliza [utilizasse] palavras rebuscadas(ou de difícil compreensão),tais como:diafelfo,ilapso,ultor,entre outras?Por isso, já dizia Carlos Drummond de Andrade:“A linguagem na superfície estrelada de estrelas/sabe lá o que quer dizer?”.

Com isso, a convivência com várias pessoas exige uma flexibilidade na língua. Para isso, existem as variedades linguísticas, que estão relacionadas às diferenças em aspectos fonológicos, morfológicos e sintáticos das diversas regiões brasileiras e da diversidade de nosso povo. Além dos aspectos históricos, que intensificaram essas diferenças. Uma dessas está os diferentes povos que imigraram para o Brasil, como a cultura alemã na região sul, que “modificou” a sua linguagem. Sem contar vários casos do dia-a-dia, que fogem de qualquer padrão lingüístico [linguístico]. Isso era [foi] dito por Oswald de Andrade, no poema “Pronominais”.

Além disso, devido aos diferentes níveis de escolaridade, fica difícil conseguirmos chegar a esse padrão na língua, pois enquanto algumas pessoas possuem mestrados, outras (muitas) são analfabetas. Algumas pessoas não conseguem frequentar a escola devido à falta de oportunidade, ou omissão de seus pais, que não os matriculam nas escolas. Porém, esse desnível escolar não pode se tornar um preconceito, pois esse gera um grave problema em nossa sociedade: o problema da exclusão. Assistimos os nordestinos sofrerem com esse tipo de preconceito, já que eles são rotulados como analfabetos, ou como todos falam: “pessoas burras”.

Contudo, percebemos o quão é difícil chegarmos a um padrão linguístico, mas existem diversas situações em que termos uma diversidade na língua ajuda às [língua que ajuda as] pessoas a se comunicarem umas com as outras. Essa é a principal intenção da língua. Entretanto, é preciso que não aja preconceito com essas diversidades.